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03/04/2017 - Centrais sindicais realizam protestos em Porto Alegre contra reformas do governo de Michel Temer *


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Comunicação Sindicato

Junto à frente do ato, os diretores do Sindisaúde-RS balançam as bandeiras do sindicato (Foto Carlos Macedo  Agencia RBS)

A Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-RS), o Cpers, entidade que representa a categoria dos professores no Rio Grande do Sul, e outras entidades sindicais e estudantis realizaram nesta sexta-feira ato contra as reformas do governo Michel Temer — entre as quais, a da Previdência e a trabalhista. Batizado de Dia Nacional de Mobilização, o ato começou por volta das 17h, na Esquina Democrática, no centro da Capital. Os manifestantes ficaram concentrados no local por cerca de duas horas.

Por volta das 19h, os participantes inciaram caminhada pela Avenida Borges de Medeiros em direção ao Largo Zumbi dos Palmares, no cruzamento com a Rua José do Patrocínio e a Avenida Loureiro da Silva, onde ocorreu nova concentração. Um carro de som foi utilizado pelos organizadores do evento, que foi apresentado como um ensaio da greve geral convocada pelas centrais sindicais para o dia 28 de abril, em todo o Brasil.

Gritos de "Fora, Temer" e contra as reformas da Previdência e a trabalhista eram entoados no decorrer da caminhada pelas ruas do Centro. O governador José Ivo Sartori (PMDB) e o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan (PSDB), também foram alvos de criticas dos manifestantes.

A Brigada Militar (BM) e agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) acompanhavam o ato à distância sem interferir no trajeto da passeata.

Lideranças políticas e de entidades de classes e movimentos sociais discursaram contra o governo Temer. Luciana Genro (PSOL), Julio Flores (PSTU) e o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont (PT) subiram no veículo de som para discursar.

— O partido que encabeça a  reforma da Previdência contra o povo, as terceirizações e os cortes nas áreas sociais é o PMDB. O mesmo partido que vem há décadas sustentando esse regime apodrecido. Essa farsa democrática no Brasil — disse Luciana.

Pont criticou as medidas adotadas pelo governo federal após o impeachment que afastou Dilma Rousseff (PT) da presidência da República:

— Esse golpe que foi dado tinha como objetivo não (afastar) a presidente da República apenas, mas sim, principalmente, atacar os direitos conquistados pelos trabalhadores.

Após os discursos no carro de som, a maioria dos manifestantes dispersou pacificamente no entorno do Largo Zumbi dos Palmares por volta das 20h.

Grupo seguiu manifestação por ruas da Cidade Baixa 

Quando a maior parte dos manifestantes já havia ido embora, um grupo com cerca de 20 pessoas, a maioria com o rosto coberto, decidiu seguir sozinho pelas ruas do bairro Cidade Baixa. 

Na Rua José do Patrocínio, atacaram duas agências bancárias, uma da Caixa Econômica Federal e outra do Itaú. Os mascarados usavam pedras e martelos para quebrar as vidraças dos imóveis. Na Avenida Venâncio Aires, mais dois bancos foram depredados: um Banrisul e um Bradesco.

Após essa ação dos encapuzados, o Batalhão de Choque da BM avançou pela via, obrigando a dispersão do pequeno grupo por volta das 20h30min.

Em São Paulo, atos contra reformas da Previdência e trabalhista fecham vias

Manifestantes de centrais sindicais também se reuniram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) na Avenida Paulista, na tarde desta sexta-feira, em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a via chegou a ser  interditada em ambos os sentidos. Além deste ato, professores municipais também se reuniram em frente à prefeitura de São Paulo.

*Zero Hora