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22/05/2017 - G1: Hospital confirma morte cerebral de mulher baleada pelo marido*


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Comunicação Sindicato

O Hospital das Clínicas de Marília confirmou na tarde deste sábado (25) que a paciente Lúbia Freitas, baleada na cabeça pelo marido, teve morte cerebral. Ainda de acordo com as informações médicas, ela continua internada na UTI para cumprimento de protocolo de doação de órgãos, mas a direção do HC não informou se a família autorizou ou não o procedimento.

O marido da vítima, Wilian de Sá, que trabalha na Fundação Casa, teve a prisão decretada pela Justiça na sexta-feira (24).  Ele é suspeito de atirar contra a esposa, de 28 anos, na quinta-feira (23). Ele fugiu após o crime e continua foragido. Segundo a polícia, a vítima Lúbia Freitas já havia denunciado as ameaças e agressões que estava sofrendo e chegou a pedir ajuda a um amigo pelas redes sociais.

Nas mensagens trocadas com um amigo em uma rede social dias antes do crime, Lúbia pediu ajuda ao rapaz. Em uma delas, ele diz que Lúbia devia ir à Delegacia da Mulher fazer a denúncia. Ela responde que já esteve lá duas vezes. O rapaz insiste pra ela voltar à delegacia, fazer um novo boletim de ocorrência, contando que estava sendo ameaçada e estava com medo acontecer algo pior.

Na polícia, o primeiro registro foi em 2016, como injúria. Já essa semana, um dia antes de levar um tiro do marido, Lúbia procurou a delegacia para registrar outra agressão. “Não há registro no boletim policial de uso de arma de fogo, de posse de arma de fogo, por isso ela foi orientada a pedir as medidas de proteção protetiva que julgasse conveniente.  Mas isso não aconteceu. Ela não procurou a Delegacia da Mulher”, afirma o delegado seccional Wilson Carlos Frazão.

O delegado explica que hoje são várias as ações que podem ser adotadas em casos de agressão contra a mulher, mas ela precisa pedir no momento em que estiver registrando a ocorrência. “O juiz só vai conceder essas medidas se houver manifestação expressa dela. E quais os tipos de proteção que ela deseja.”

A medida protetiva foi criada para evitar que a mulher sofra novas agressões ou ameaças, mas muitas ações não são respeitadas. O delegado da seccional diz que novas estratégias precisam ser criadas para amparar essa vítima de agressão. “Precisa ter uma casa abrigo, uma fiscalização que o autor está cumprindo essas medidas. Acho que há muito a se avançar nessa área.”

Segundo a coordenadora de políticas para mulheres de Marília, Jaqueline Primaz, hoje, a cidade não tem um serviço voltado especificamente para mulheres que sofrem violência doméstica. O projeto está apenas no papel, mas deve ser retomado com uma equipe multidisciplinar. “Agora nós estamos tentando articular com toda a rede para que coisas como essa não voltem a acontecer.”

Entenda o caso


Uma mulher foi baleada na cabeça pelo marido dentro de casa em Marília (SP) na quinta-feira (23). Segundo a polícia, eles estavam tentando se separar e brigavam constantemente. O suspeito Wilian de Sá é funcionário da Fundação Casa há 11 anos. Segundo o sindicato dos funcionários, ele teria pedido afastamento por 15 dias por conta de sofrer de depressão.

A assessoria de imprensa da Fundação Casa informou em nota que o servidor Wilian de Pretti de Sá sempre teve boa conduta. É servidor desde 2006 e passou a exercer a função de coordenador de equipe de segurança desde 2012. A Fundação Casa lamentou o ocorrido.

A nota informa ainda que, durante o mês de fevereiro, Wilian trabalhou normalmente. Já no mês de janeiro, ele apresentou atestado de afastamento médico por 13 dias.

* com informações do G1

http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2017/02/hospital-confirma-morte-de-cerebral-de-mulher-baleada-pelo-marido.html