Desde que o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) assumiu a gestão dos maiores hospitais de Canoas (HU e HPS), além de algumas UBS e CAPS, seus funcionários têm passado por sérios problemas: atrasos salariais, de férias, FGTS e 13º se repetem já há anos.
Diretoria do Sindisaúde-RS e gestão do GAMP reuniram-se na manhã desta terça (08). Foto: Carlos Alexandre (arquivo pessoal)
Por isso, na manhã desta terça-feira, o presidente Arlindo Ritter e os diretores Júlio Duarte e Carlos Alexandre SIlveira se reuniram com a gestão do grupo. Na pauta, esteve em discussão o fechamento de um Acordo Coletivo, que seria o primeiro até então, férias não pagas, dívidas do GAMP e prática antissindical, com a tentativa do grupo de não realizar as homologações no sindicato, ainda que os trabalhadores tenham esse direito.
Pontos discutidos
- Acordo Coletivo de Trabalho (ACT): uma nova reunião será marcada para negociar o fechamento de um acordo. "O ACT é muito importante para dar segurança aos trabalhadores da instituição. Além disso, a própria gestão já sinalizou que concorda, por exemplo, com os termos dispostos nas convenções fechadas com o Sindihospa. Portanto, deve haver alguma evolução nesse sentido", comentou o diretor de Interior, Júlio Duarte.
- Férias: apesar de o grupo alegar que as férias foram colocadas em dia, nossos diretores deixaram claro que sabem da existência de muitos atrasos. Espera-se que até a próxima reunião tudo esteja regularizado.
- Prática antissindical: o GAMP é, em toda a Região Metropolitana, a única empresa que trabalha com saúde a não fazer suas homologações no sindicato. A gestão tem, inclusive, depositado apenas parte do FGTS, com o propósito de efetivar demissões sem passar pela equipe de homologação do sindicato, que jamais permitiria a demissão sem o depósito integral do benefício. Além disso, o grupo fez um acordo com o Ministério Público sem a participação do Sindisaúde-RS, que é o representante legal da categoria. Por isso, a diretoria cobrou o fim dessa prática antissindical.
- Dívidas com o sindicato: desde 2016, quando assumiu em Canoas, o GAMP jamais repassou a contribuição sindical e as mensalidades dos trabalhadores associados ao Sindisaúde-RS, situação esta inclusive prevista no artigo 168 do Código Penal. A diretoria cobrou o grupo e espera uma resolução o quanto antes.