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09/03/2018 - Empoderamento foi a marca das palestras do Dia da Mulher 2018


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Comunicação Sindicato

O Dia da Mulher do Sindisaúde-RS foi marcado por muito empoderamento, por meio da divisão de experiências em comum entre mulheres com muitas coisas em comum, principalmente o fato de serem todas lutadoras. Na sede social da Aserghc, cerca de 50 dessas guerreiras passaram a tarde entre excelentes palestras e serviços oferecidos pelo sindicato. Confira todas as fotos do evento clicando aqui!

Ciclo de palestras e serviços foi saudado por todas as presentes

O evento

A diretora da pasta de Assuntos de Gênero, Raça e Diversidade Sexual, Ana Paula Capra, convidou seis mulheres para falar sobre os mais diversos temas às colegas da categoria, desde empoderamento por meio do uso do turbante até efeitos da Reforma Trabalhista para as trabalhadoras. “São mulheres de luta que vão falar hoje, e é de luta que precisamos”, afirmou.

Antes das palestras, Ana Capra exibiu o vídeo produzido pelo sindicato em homenagem ao Dia da Mulher (clique aqui para assistir). Ao longo das falas, foram distribuídos brindes aos presentes e sorteados serviços gratuitos.

A diretora de Assuntos de Gênero, Raça e Diversidade Sexual, Ana Paula Capra

As palestras

Cinara Ribeiro, técnica em saúde bucal e integrante do Coletivo Blackness, abriu o ciclo de palestras falando sobre a importância do turbante como símbolo de resistência e luta para a mulher negra, e expôs que o uso do adorno por mulheres brancas não deve ser desestimulado. “O importante é que, seja quem for que use esse elemento, que é a nossa cultura, nossa história, use sabendo o que ele representa: séculos de muita luta”, comentou Cinara.

Cinara Ribeiro foi a primeira palestrante

Após, a coaching Michele Prestes apresentou a palestra intitulada 4 pilares: rompendo barreiras e alcançando objetivos. Em sua exposição, que contou com a exibição de vários vídeos, Michele explicou a importância, para a mulher, de estar bem consigo mesma, para alcançar os objetivos de vida.

Michele Prestes falou sobre bem estar da mulher

A jovem Priscila Voigt deu prosseguimento à divisão de experiências ao colocar em pauta a atuação dela e suas colegas na Ocupação Mirabal, cujo trabalho visa a ser uma casa de referência à mulheres em situações de risco e violência. Priscila destacou a importância de que existam cada vez mais políticas públicas para mulheres. “Muitas mulheres não conseguem romper o ciclo de violência porque não têm para onde ir, não tem trabalho, nem casa”, comentou. Priscila também abordou a questão do aborto, de um ponto de vista que muitas vezes é posto de lado no debate sobre a legalização ou não da prática. “O aborto do homem é legalizado, o da mulher é criminalizado”, afirmou.

Priscila Voigt, da Ocupação Mirabal, que teve como foco em sua fala a falta de políticas públicas para as mulheres

As advogadas do Escritório Paese & Ferreira, Samara Ferrazza e Fernanda Palombini, encerraram as palestras, tratando do tema “A mulher no mercado de trabalho e direitos trabalhistas”. Samara abordou as diferenças que existem nas leis, tanto historicamente quanto atualmente, no que diz respeito a homens e mulheres. Um dos exemplos atuais dados pela advogada dialoga especialmente com a categoria: o fato de que o trabalho especial executado por um homem é reconhecido em mais 40% para fins de aposentadoria, enquanto que para a mulher, o mesmo é reconhecido em apenas mais 20% (entenda clicando aqui). "Isso acontece devido à uma herança histórica de que a mulher trabalha menos do que o homem, em virtude da casa e dos filhos", explicou.

A advogada Samara Ferrazza, que apresentou diferenças entre homens e mulheres que constam das leis

Por fim, a advogada Fernanda Palombini tratou dos impactos da Reforma Trabalhista para as mulheres, e também realizou um interessante diálogo com a fala da palestrante Priscila Voigt. Fernanda lembrou que a falta de boas creches públicas faz com que, devido ao entendimento naturalizado por uma sociedade sistemicamente machista como é a nossa, a mulher sofra ainda mais com o que o movimento feminista chama de “carga mental”, que é estar permanentemente preocupada com as tarefas que têm de ser feitas. “Enquanto não houver igualdade de fato na divisão das tarefas não remuneradas, será a mulher quem irá se preocupar com a criança que não está na creche. Por isso a importância, para as mulheres, de creches de qualidade, políticas públicas direcionadas”, frisou Fernanda.

Fernanda Palombini tratou dos impactos da Reforma Trabalhista para as mulheres

Parceiros

O Sindisaúde-RS agradece a parceria da Central da Beleza Rosa Flor, Mary Kay, Turbantes Blackness, Yara Martins, Hinode, Natura e O Boticário, que disponibilizaram profissionais e brindes para as presentes.

Serviços e brindes foram oferecidos durante toda a tarde

Diretoria presente

Além de Ana Capra, as diretoras Lúcia Schaffer, Cláudia Santos, Marlise Machado, Marly Magalhães, Patrícia Londero e Mariângela dos Santos, e a assessora da diretoria Maristela Moura auxiliaram as trabalhadoras a terem uma tarde repleta de empoderamento e conscientização. Os diretores Júlio Appel, Paulo Cláudio e Luciano Soares também compareceram para prestigiar o evento.

Mulherada do Sindisaúde-RS firme na luta, com o apoio dos companheiros