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08/10/2020 - JORNADA 12X36 – Conversas com gestões avançam, mas sindicato busca ainda indenização


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Stéfano Mariotto de Moura - Coordenador de Comunicação

Na sexta (25/09), o Sindisaúde-RS foi forçado a desmarcar a reunião que teria com as gestões dos hospitais Moinhos de Vento, Divina Providência e São Lucas da PUC devido à urgência de ir às ruas em defesa dos trabalhadores do IMESF, que vêm sendo atacados por Marchezan há um ano.

Assim, uma série de três reuniões foi realizada ao longo da última terça (06) para dar encaminhamento ao tema dos contratos impostos pelas três gestões a seus funcionários, denunciado em massa pelos nossos colegas do Hospital Moinhos de Vento. Os diretores Julio Jesien e Julio Appel representaram o sindicato nas conversas, e o advogado Silvio Boff prestou assessoria jurídica.

Encaminhamentos

Moinhos de Vento

A proposta do hospital era de manter a jornada até o final de dezembro, porém ao final da reunião decidiram que irão encerrar gradualmente até 31 de novembro. Além disso, as folgas normativas retroativas, que não foram concedidas durante o período, serão concedidas. O sindicato também informou à gestão que a imposição dos contratos aos trabalhadores pode ser considerada ilegal pela Justiça e, por isso, seguirá pleiteando uma indenização aos funcionários.

Divina Providência

Jesien informou que a gestão reconheceu que tem ainda 39 técnicos (as) de enfermagem realizando a jornada 12x36, mas que não tem mais interesse de manter tal jornada, informando que irão encerrar a prática por completo até 31 de outubro. “Cobramos a gestão sobre uma compensação financeira para essa discutível prática, mas os representantes do hospital alegaram ser supostamente inviável tal compensação. Diante dessa postura, questionamos se existe a compreensão de que, após o fim da MP 927, esses contratos 12x36h podem ser cobrados judicialmente pelo sindicato, eventualmente podendo ser considerados ilegais e, assim, gerando uma compensação talvez maior do que aquela que seria obtida em compensação, poupando os trabalhadores de aguardar muito tempo. Com isso, a gestão do Divina ficou de retornar posteriormente seu posicionamento, sem uma data específica acertada para tanto.

São Lucas

A gestão do hospital São Lucas tem sido, ao longo de toda a pandemia, uma das que mais tem atacado direitos de seus funcionários. O Sindisaúde-RS já se viu forçado a agir mais de uma vez para evitar supressão coletiva de direitos históricos e até mesmo ataques baixos dos patrões, como a modificação no tempo para alimentação. Agora, a gestão é mais uma das que impôs a seus funcionários contratos 12x36 potencialmente ilegais.

A gestão do São Lucas tem a pretensão de manter tais contratos até 31 de dezembro. O sindicato negou. Com isso, ficou definida a realizada de uma reunião definitiva com a gestão do São Lucas da PUC na próxima terça (13). A alternativa a uma solução negociada é o ajuizamento de ação sobre o tema.