Durante as últimas semanas, o Sindisaúde-RS vinha lutando, em atos e reuniões mediadas no TRT-4, pela reintegração dos mais de 300 demitidos do Hospital Mãe de Deus. Com a completa disparidade entre a proposta compensatória do hospital e a demanda dos trabalhadores, a mediação no tribunal chegou a um fim hoje (17) à tarde, e o Sindisaúde-RS avaliará as medidas judiciais coletivas a serem tomadas, na luta pela reintegração total dos demitidos, após uma luta em que trabalhadoras demitidas, forçadas a levar seus filhos para os atos de protesto, ainda foram agredidas fisicamente pela segurança do hospital.
Mediação no TRT-4 se encerrou ontem. Como a proposta do Mãe de Deus não se aproximou do pedido de reintegração, o sindicato avaliará agora as medidas judiciais a serem tomadas
"A saúde não pode ser tratada como negócio. Sem esses trabalhadores técnicos lá no hospital, podem surgir infecções, pacientes podem morrer. Demitiram gestantes! Gente que tá se aposentando! É pela saúde da Capital e pelos trabalhadores e trabalhadoras que estão desempregados e querendo seus empregos de volta que decidimos, a partir de agora, avaliar as medidas judiciais coletivas a serem tomadas, pois o hospital não teve o menor senso de humanidade nas mediações", afirmou o presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, que lembrou ainda do surto infeccioso acontecido em 2012 no GHC, após a gestão desta instituição ter terceirizado sua higienização na época.
O sindicato se ainda está à disposição de uma nova proposta que contemple o que foi demandado em mesa.
Ritter e o secretário-geral Julio Jesien representam o sindicato na mediação de ontem
Medidas judiciais
Nesta terça (18), durante todo o dia, os advogados do Paese, Ferreira & Advogados Associados estarão fazendo plantão para atender os casos individuais. Não há necessidade de marcar horário. Basta comparecer entre as 9:30 e 12:00 e 13:30 e 17:30 na sede do escritório, na Rua das Andradas, 1121, 6 andar.
Categoria se mobilizou para a luta durante as últimas duas semanas
Fotos: Assessoria Sindisaúde-RS / Stéfano Moura