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27/11/2014 - Mês da Consciência Negra


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Comunicação Sindicato

Com o tema Jovem Negro Vivo, o SINIDSAÚDE-RS aderiu a campanha da Anistia Internacional do Brasil. A organização divulgou dados alarmantes que denunciam o extermínio do povo negro brasileiro. Em 10 anos, os homicídios entre os jovens brancos diminuíram 32,3% enquanto entre jovens negros aumentaram 32,4%.

Em todo o país, 7 jovens são mortos a cada duas horas, o tempo de uma sessão de cinema. São 82 jovens mortos por dia, 30 mil por ano, todos com idades de 15 a 29 anos. E, entre os jovens assassinados, 77% são negros.

Os números de homicídios são do Mapa da Violência, estudo realizado desde 1998 pelo sociólogo Julio Jacobo Weiselfisz com base em dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde.

A versão 2014 do Mapa traz as últimas informações disponíveis, referentes ao ano de 2012, e foi realizada em conjunto com a Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

No que toca o atendimento da saúde, é preciso reconhecer que existe o racismo institucional dentro do sistema de saúde e considerar a vulnerabilidade social da população negra. Para o coordenador da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados, João Paulo Baccara, há falhas na coleta de informações sobre a saúde da população negra, sobretudo no que diz respeito à doença falciforme. Segundo ele, a pasta planeja consolidar um banco de dados sobre a situação da doença no país e um projeto-piloto que integre todas as linhas de atenção à saúde. O representante do ministério disse ainda que, no primeiro trimestre de 2015, o país deve começar a produzir a hidroxiureia, medicamento utilizado para o tratamento da doença falciforme.

Para Helena Costa, diretora da pasta de Gênero, Raça e Diversidade Sexual, “o mês da Consciência Negra é fundamental para evidenciarmos a desigualdade social que tem cor no Brasil. Aqueles que afirmam não ser necessário cotas e campanhas como essa, não sabem o que é ter entes queridos assassinados por serem negros e o que é a ausência de políticas públicas fundamentais, como no caso do atendimento de saúde pública no que toca doenças como a falciforme.”