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11/10/2017 - ZH - Funcionários do Hospital Beneficência Portuguesa estão sem receber salários há três meses


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Comunicação Sindicato

Direção confirma atrasos e dificuldades nas finanças da instituição; prefeitura de Porto Alegre garante que não tem dívidas com o hospital e que se trata de um problema de gestão

10/10/2017 - 14h05min

FRANCINE SILVA


A situação financeira do Hospital Beneficência Portuguesa, em Porto Alegre, segue complicada. Desde o final do primeiro semestre, a instituição vem atrasando o pagamento dos servidores. Nesta semana, funcionários da casa de saúde entraram em contato com a reportagem do GaúchaZH para relatar o agravamento do problema.

De acordo com uma técnica em enfermagem, que prefere não se identificar, a equipe de profissionais está há três meses sem receber. Muitos familiares desses servidores estão buscando apoio na imprensa, já que os funcionários não se sentem à vontade para se manifestar.

O diretor do Beneficência Portuguesa, José Antônio Pereira de Souza, confirmou o atraso ao GaúchaZH, mas não detalhou o que será feito para resolver a situação. Desde sexta-feira (6), a reportagem tenta uma entrevista com o executivo, que alega outros compromissos e solicita que a ligação seja feita em outro horário.


Na última reportagem, realizada em setembro, Souza afirmou que o hospital operava apenas com 50 dos 160 leitos disponíveis.
— Estamos conseguindo manter o atendimento, mesmo que restrito, graças ao apoio dos colaboradores. Eles estão entendendo a situação e mantendo as portas abertas do hospital — disse à época.

Desde julho, a falta de dinheiro dificulta, inclusive, a compra de remédios e suprimentos, itens essenciais para garantir o atendimento aos pacientes.

A Secretaria de Saúde de Porto Alegre, por sua vez, afirma não ter recursos em atraso com o Beneficência Portuguesa. Para a prefeitura da Capital, a crise financeira da instituição é de responsabilidade da gestão da casa de saúde – cuja mantenedora é uma empresa privada.

Em setembro, a direção do hospital confirmou que seguia em tratativas com a Caixa Econômica Federal na busca por um empréstimo, no valor de R$ 14 milhões, que serviria para quitar os pagamentos e injetar dinheiro em caixa. A estimativa, na época, era que o recurso fosse disponibilizado pela Caixa Hospitais ainda no mês de setembro.

A reportagem aguarda uma manifestação oficial da administração da casa de saúde.

Confira o texto no site do jornal Zero Hora clicando aqui.