Reunião ocorreu na terça (08)

Texto e fotos: Julia Matos / Comunicação Aserghc.

Depois de nove meses tentando estabelecer diálogo com a diretoria do GHC, o Sindisaúde-RS e a Aserghc apresentaram, na tarde desta terça-feira (08), denúncias e reivindicações urgentes dos trabalhadores. Entre os principais temas estão a falta de dimensionamento adequado de pessoal, os remanejamentos para o noturno, os inúmeros casos de assédio moral, a sobrecarga de trabalho e os prejuízos causados pela proposta de rebaixamento da matriz salarial do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

A reunião contou com a presença da deputada estadual Luciana Genro (PSOL), que atuou como mediadora política entre as entidades e a direção do Grupo. A parlamentar colocou a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa à disposição para acolher as denúncias e ajudar a construir um canal de escuta e encaminhamento das pautas que vêm afetando diretamente a saúde física e mental dos trabalhadores e comprometendo a qualidade da assistência prestada à população usuária do SUS.

Os diretores de ambas as entidades, Graziela Palma e Arlindo Ritter, destacaram a urgência de ações concretas em relação à saúde do trabalhador e à sobrecarga de funções. Palma ainda questionou sobre a implementação do terceiro turno e o aumento das cirurgias eletivas, com um número de contingente de trabalhadores defasados e sem novos concursos.

Já os presidentes, Júlio Jesien e Luciana Almeida, denunciaram falhas graves no banco de remanejo, casos escancarados de assédio moral nos setores e a falta de respostas efetivas da gestão frente aos problemas que afetam diretamente o dia a dia dos trabalhadores. Já o assessor jurídico, Renato Paese (Paese, Ferreira), expôs o retrocesso representado pelo novo Plano de Demissão Voluntária (PDV), que, se implementado, pode fazer com que trabalhadores percam o direito a qualquer indenização, mesmo com sentença judicial favorável.

Os diretores da instituição, Gilberto Barichello e Quelen Alves da Silva, ouviram as falas dos sindicalistas e se comprometeram a dar um retorno formal sobre as demandas no prazo de até sete dias. Além disso, os diretores afirmaram que haverá a contratação de mais profissionais via concurso público e até o final desta semana apresentarão um estudo com o dimensionamento correto para atender as demandas de cirurgias eletivas no sábado e no terceiro turno durante a semana. Também foi apresentada a nova gerente de Gestão de Pessoas (GGP), Julianna Lopes, que se colocou à disposição para estabelecer um canal de diálogo mais direto — algo que vinha sendo constantemente solicitado.

Sindisaúde-RS e Aserghc aguardam que os compromissos assumidos se traduzam em medidas concretas e imediatas, e que o GHC estabeleça uma escuta permanente, respeitosa e comprometida.