Na última sexta-feira (19), a categoria representada pelo Sindisaúde-RS na Fundação Municipal de Saúde de Canoas (FMSC) decidiu, em assembleia geral, dividir uniformemente o valor mensal que será reduzido do adicional de insalubridade, devido à decisão da gestão de pagar apenas 20% em lugar dos 40% (grau máximo) até então vigentes. Dessa maneira, os funcionários conseguirão evitar a perda financeira em sua quase totalidade.
Entenda
A direção da FMSC utilizou-se do resultado de um Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), que leva em consideração a descrição das atividades e as condições ambientais dos locais de trabalho, para reduzir o percentual a ser pago a cada empregado. Com base nesse dispositivo, a gestão decidiu parar de pagar o grau máximo (40%) para parte de seus funcionários - em grande parte, técnicos de enfermagem representados pelo sindicato.
O presidente Arlindo Ritter e o advogado do sindicato, Sílvio Boff, que explicou as negociações para os presentes
Como essa diferença continuaria no caixa da Fundação, o Sindisaúde-RS negociou, em nome dos trabalhadores, o rateio do valor que deixará de ser pago a título de adicional em grau máximo - aproximadamente R$ 25 mil mensais, no todo. Tendo obtido êxito nas conversas com a direção, o sindicato levou à categoria, na assembleia de ontem, a possibilidade de decidir como se daria essa divisão. Em sua maioria, os trabalhadores definiram pela distribuição dos R$ 25 mil entre os diretamente atingidos, ou seja, os que até então recebiam o adicional em grau máximo (40%).
Propostas negadas
As duas outras propostas foram: 1) que o valor fosse dividido também entre os colegas que já recebem o adicional em grau médio; 2) e que a divisão contemplasse todos os funcionários representados pelo sindicato. No entanto, a categoria as rechaçou.
Trabalhadores optaram pelo rateio dos valores apenas entre os diretamente afetados pela supressão do grau máximo
Crédito das fotos: Arlindo Ritter Arquivo Pessoal