Qual é a desculpa agora?

Centenas de trabalhadores estavam mobilizados para a assembleia em frente à Prefeitura que, às 14h, colocaria em votação os encaminhamentos da greve. De repente, foi informado que, no mesmo horário, o prefeito Marchezan, que vem fugindo dos trabalhadores há semanas, estava na Rádio Guaíba concedendo entrevista, a poucas quadras dali. Todos trabalhadores se dirigiram ao estúdio da rádio onde, às 14h10min, pediram a Marchezan que aceitasse debater com um representante, ao vivo. O prefeito, que os assistia pelo vidro da rádio, fugiu do estúdio dez minutos depois; uma de suas poucas manifestações foi dizer que aceitaria receber os trabalhadores se a greve for encerrada. Pois próximo das 15h, a assembleia dos trabalhadores optou por suspender a paralisação até metade da semana que vem. No entanto, o estado de greve foi mantido: se o prefeito não aceitar negociar, a paralisação será automaticamente retomada na manhã da próxima quarta (16).

Assim, até quarta, os trabalhadores retomam as atividades, salva a eventualidade de algum ato de paralisação ou de conscientização específico em algum posto. Ou seja, não haverá movimento sistemático de paralisação, ou seja, greve. A greve só será retomada, de maneira sistemática,  se o prefeito não aceitar negociar.

E agora, Marchezan? Vai fugir de novo?

Trabalhadores estão cobrando há semanas a negociação

Greve de três dias traz primeiros resultados!

Com muita luta, os trabalhadores do IMESF obtiveram avanço na situação em que se encontravam desde meados de setembro. No primeiro dia, a greve ganhou corpo e as ruas da cidade. Já no segundo dia, houve muitos avanços institucionais, com o Sindisaúde-RS e demais sindicatos ganhando apoios institucionais importantíssimos, como dos MPs e da Câmara, além de solicitar início de mediação no TRT-4 acerca das demissões.

Mentira escancarada: Prefeitura entra com embargos contra decisão da STF

Mas o 3º dia foi o mais importante. Além de novamente mostrar para toda a cidade que Marchezan não tem coragem de conversar com seu povo, a Prefeitura entrou com embargos contra a decisão do STF, demonstrando que o discurso dos sindicatos é o verdadeiro desde o início, em lugar das omissões da Prefeitura: havia sim muitas medidas a serem tomadas antes de tomar qualquer decisão sobre privatização do IMESF. O que não havia era vontade política!

Greve ganhou força com o passar dos dias