Nesta terça (24/02), ocorreu o encontro da direção do sindicado com os delegados sindicais e a assessoria jurídica para pensar a pauta de reivindicações, datas de assembleias e a campanha de comunicação/ agitação da Convenção Coletiva de 2015. De acordo com o presidente do sindicato, Arlindo Ritter, o ano de 2015 terá negociações complicadas, já que o país, o estado e o município apresentam uma situação de crise. Nesse contexto, 30% dos recursos foram cortados da saúde no estado, foram publicadas as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que alteram as regras da concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas, entre eles a concessão do segurodesemprego, e ocorreu a queda do secretário de saúde Carlos Casartelli por denunciar a falta de recursos para a saúde no município. Segundo um dos palestrantes do seminário, o representante do DIEESE, Ricardo Franzoi, o ano será difícil porque o governo adotou a pior linha possível para sair da recessão: aumento de juros, impostos e precarização do trabalho. Ao invés de ter uma política para aumentar a circulação de renda, fazendo com que o trabalhador possa ganhar mais e assim consumir mais e manter a economia aquecida, o governo optou por tirar dinheiro de circulação para dar para o capital financeiro através do pagamento do juros e amortização da dívida pública. Isso só gera maior recessão. Mais do que nunca, em 2015 ocorrerá uma disputa de renda, pois os empresários devem diminuir seus lucros, e não o emprego e o salário dos seus funcionários. Por tanto, desta vez é preciso ir para mesa com muita informação, preparo e essa é uma tarefa que envolve toda a categoria. Ao todo, serão 15 assembleias gerais que deliberarão a pauta e o calendário de lutas. Superar desafios como a divisão de categorias nos hospitais e enfrentar ataques aos nossos direitos e a nossa organização como a terceirização são tarefas inadiáveis e imprescindíveis. Conquistar o INPC + aumento real, 120% para cada hora extra, adicional de insalubridade de 40%, adicional de periculosidade de 30%, dimensionamento quantitativo e qualitativo fazem parte dos avanços que precisamos conquistar na Convenção Coletiva, seja na mesa, seja na greve.