O presidente Arlindo Ritter e demais membros da diretoria do sindicato se reuniram, na última terça-feira, com a nova gestão do Hospital Beneficência Portuguesa (HBP), encabeçada por Augusto Veit. A situação do hospital é calamitosa: já são sete meses em que os trabalhadores não recebem seus salários. Além de Ritter, o vice-presidente, Julio Appel, a delegada sindical no HBP, Cláudia Santos, a diretora Patrícia Londero e o diretor Ricardo Sarmanho estiveram presentes.

Diretoria cobrou de Veit as demissões recentes e os pagamentos seletivos

No encontro, o sindicato cobrou de Veit o fim das demissões – na última sexta-feira, foram quatro. “Quem ainda está no Benê foi quem manteve esse hospital aberto. Não é justo que agora comecem a ser demitidos!”, disse a delegada Cláudia Santos.

Outra importante questão cobrada pelo sindicato foram os pagamentos seletivos realizados recentemente. A gestão pagou cerca de R$ 500 a parte dos funcionários, deixando o restante desassistido, adotando critérios como o de pagar primeiro os que não faltaram durante os últimos meses.

“Ora, se a pessoa está há sete meses sem receber e falta, não é porque quer, mas porque tem que arranjar um outro plantão para colocar dinheiro em casa”, afirmou o diretor Ricardo Sarmanho. Ele cobrou ainda o pagamento em dinheiro, e não por depósito bancário, dado que os trabalhadores não podem sofrer as consequências da péssima gestão anterior: os atrasos salariais geraram grandes montantes de dívidas junto aos bancos e, portanto, qualquer dinheiro que entre na conta dos trabalhadores será imediatamente retirado, sem que chegue às mãos do funcionário.

Além das demissões e pagamentos seletivos, os diretores também expuseram que têm recebido ligações denunciando práticas de assédio moral por parte das chefias diretas. Veit prometeu um retorno ao sindicato sobre essas questões até o final da semana, após reunião interna de diretoria.