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13/03/2019 - TAQUARA – Mais uma vitória da luta organizada dos trabalhadores!


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Stéfano Mariotto de Moura - Coordenador de Comunicação

Mais uma vez, como tem ocorrido recorrentemente com vários trabalhadores que recorrem ao SIndisaúde-RS, a atuação organizada entre trabalhadores e o sindicato alcançou vitória. Dessa vez, em Taquara, no Vale do Paranhama, onde os funcionários e funcionárias do Hospital Bom Jesus vinham com 2 meses de salários atrasados, mas com a paralisação realizada durante o dia de ontem (12) obtiveram o pagamento desses valores e outras garantias mais. 

Trabalhadores e trabalhadoras começaram paralisação às 7 horas da manhã (crédito da foto: Jornal Panorama)

“O movimento foi muito bom, pois sem a intervenção do sindicato, o Ministério Público não teria forçado a gestão a efetuar os pagamentos e dar andamento aos demais problemas. Mas mantemos o edital em aberto aguardando o efetivo cumprimento das promessas feitas em reunião”, avisou o diretor de Interior, Júlio Duarte.

Confira abaixo todas informações!

Assembleia que definiu a paralisação ocorreu em 28/02 (Crédito: Comunicação Sindisaúde-RS)

Salários pagos e insalubridade deve ser regularizada

A principal demanda dos trabalhadores – o pagamento dos salários de janeiro e fevereiro – foi atendida faltando poucas horas para o fim da paralisação. A diretoria do Sindisaúde-RS e a comissão de trabalhadores foram convocadas para uma reunião com a gestão às 14h, onde foi informado o repasse dos atrasados. Além disso, a regularização do percentual pago a título de insalubridade, que hoje está em apenas 20%, foi outra promessa da gestão. 

“Eles próprios entendem que o percentual que está sendo pago não condiz com o correto, que seria o pagamento de 40%. No entanto, alegam que o valor de 20% atual vem sendo pago em virtude da consultoria técnica, que também entendem como equivocada, realizada por uma empresa x, e para regularizar esse valor, terão de contratar uma outra empresa y que regularize a situação através de novo trabalho técnico mais elaborado”, informou Duarte.

Reuniões na Câmara foram fundamentais

A atuação de um sindicato não ocorre apenas nos movimentos paredistas, mas também no campo político, um trabalho que muitas vezes não é enxergado pela categoria. Esse também foi o caso de Taquara, pois o Sindisaúde-RS realizou cerca de 4 reuniões na Câmara de Vereadores Municipal para expor aos gestores públicos os problemas internos do hospital. Alguns desses graves problemas afetaram os trabalhadores, e outros afetavam diretamente a população, com riscos para os pacientes do hospital. Veja abaixo alguns desses, relatados na ata da última reunião, em 25 de fevereiro:

- Funcionários de funerárias eram autorizados a retirar corpos de dentro do hospital; caixões circulavam pelos corredores em frente aos usuários e funcionários.

- Falta de responsável técnico para enfermagem (um profissional de Tecnologia de Informação fazia esse trabalho!)

- Pacientes com problemas que deviam ter tratamento isolado estavam nos mesmos quartos de outros com que não deviam ter contato por risco de contaminação (tuberculose, por exemplo)

- Baratas

- Falta de pessoal

- Falta de material adequado

- Falta de medicamentos, como antibióticos

- Uniformes sem esterilização

Paralisação suspensa, mas edital permanece em aberto

Com isso, a diretoria e a comissão de trabalhadores levaram as deliberações da reunião à categoria que se concentrava em frente ao hospital. Com a promessa de pagamento, os funcionários e funcionárias decidiram então suspender a paralisação antes das 19h, mas mantiveram em aberto o edital que motivou o movimento. 

“Isso significa que a qualquer momento, se as promessas da gestão não forem cumpridas, podemos retomar a paralisação sem a necessidade de publicação de novo edital”, explicou o presidente Arlindo Ritter.

Demais demandas

Equipamentos de Proteção Individual (EPI), materiais e medicamentos necessários para o trabalho, que vinham em falta, serão providenciados pela gestão. 

Presentes

A diretoria do Sindisaúde-RS foi representada em Taquara pelo presidente Arlindo Ritter, pelo diretor de Interior Júlio Duarte, pela diretora Marly Magalhães e a assistente de direção Maristela Moura.