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03/11/2014 - Após polêmica, Chocolate descarta perseguição


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Comunicação Sindicato
Comentários sobre a existência de funcionários fantasmas, dessa vez entre os RPAs (Recibo de Prestação de Autônomo) na saúde, voltaram a causar polêmica. O secretário de Saúde, Wagner Tegon, disse que não haveria demissões e que dispensaria apenas fantasmas, depois tentou amenizar o comentário. Tegon e o prefeito interino, Paulo Sérgio Vieira Neves, o Paulo Chocolate (PSC), porém, negaram perseguição e ações na Justiça contra o secretário anterior, Fabrízio Bordon.
"Nós não temos tempo de persegui-lo. O nosso tempo é fazer. E nós vamos fazer. O tempo que você perde perseguindo as pessoas deixa de fazer", afirmou Chocolate. O prefeito demitiu 148 comissionados e retirou 329 gratificações de concursados em cargos de designação. E anunciou mais cortes nesta semana.
Tegon mudou o tom quando o prefeito interino bateu no braço dele, ao dar entrevista na Câmara, ontem à tarde, para anunciar um "choque de gestão" na pasta. Hoje, 40% dos 2 mil funcionários da saúde, 800, são autônomos.
Anteontem, Chocolate disse que a maior parte dos 148 comissionados demitidos não trabalhava. Ontem repetiu o comentário. "Mandamos 148 funcionários embora e, com certeza, tinha funcionários que nem apareciam no trabalho", disse o prefeito interino.
Ontem o secretário de Saúde disse o mesmo. "Não haverá demissão de trabalhador. Nós vamos demitir os fantasmas", afirmou Tegon. Depois tentou amenizar. Disse que a princípio não constatou funcionários que não trabalham.
Segundo o secretário, a intenção não é demitir os autônomos, mas trabalhar dentro da lei, e para isso haverá uma auditoria na saúde.
REGRAS
O médico pediatra e sanitarista disse que quer estabelecer regras nas contratações. "O RPA não é legal. Não é possível uma cidade que é a 15ª do Estado ter uma folha de 40% de RPAs, fora a fuga de recursos, porque dos impostos que o RPA gera nenhum foi recolhido", disse.
O secretário apontou irregularidades na pasta, mas negou ações na Justiça contra o secretário anterior, Fabrízio Bordon. Vai entregar a auditoria aos vereadores.
"A auditoria será apresentada na Câmara pelo prefeito porque vai precisar dar um choque de gestão na saúde, porque é responsabilidade do gestor ou do prefeito quando descobre uma irregularidade apresentar e resolver o problema", disse citando os RPAs e dispensa de licitações.
"Eu tenho em cima de minha mesa pelo menos uns 20 contratos, uns 20 processos, todos eles com improbidade", afirmou Tegon.