A patronal dos hospitais filantrópicos do estado, representada  pelo Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul (Sindiberf) não ofereceu nova proposta de reposição salarial para seus trabalhadores na negociação desta terça-feira (05), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), e os sindicatos da categoria rechaçaram a manutenção das condições de pagamento. Durante a mediação, o Sindisaúde-RS buscou acordo pela reposição de 6%, que não foi aceito pela patronal, insistindo nos índices já ofertados, ou seja, valores que, na prática, não significam nenhum aumento real de salário.

Com a falta de uma proposta que a comissão de negociação considerasse viável de levar à votação da categoria em assembleia, o mediador indicou que o Sindiberf apresente uma nova, que deve ser encaminhada até o dia 12 de dezembro ao Sindisaúde-RS e discutida em nova mediação no dia 18 de dezembro, levando em consideração a contraproposta dos sindicatos.

Para o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesien, os argumentos da patronal para não pagar as perdas da categoria não se sustentam, já que os hospitais investem em outros itens, não priorizando o corpo de trabalho. “Nós não estamos reivindicando nada impossível, mas eles insistem em nos espetar, sendo que essas categorias são as mais fundamentais no funcionamento da saúde”, disse.