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05/01/2022 - CANOAS - Sobre os últimos dias e próximos passos


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Stéfano Mariotto de Moura - Coordenador de Comunicação

A diretoria do Sindisaúde-RS trabalha arduamente desde o fim de 2021 na situação do fim do contrato do Gamp. Inúmeras reuniões ocorreram, e agora o sindicato traz informações gerais a você, trabalhador (a), sobre nossos próximos passos e o que tem ocorrido.

“Nas reuniões dos últimos dias, fizemos quatro perguntas simples: quem pagará as rescisórias, quando e como? E como ficam os funcionários com estabilidade? Nenhuma foi respondida, o que só escancara a falta de perspectivas e segurança para os trabalhadores. O Município diz que as novas empresas vão recontratar os demitidos, mas o comunicado não dá qualquer garantia disso, e sequer menciona se os salários e direitos permanecerão os mesmos. Por isso tudo, estamos antecipando-nos à eventual mediação do TRT-4, trabalhando junto com nosso jurídico”, informou o diretor Júlio Duarte.

Em 2018, reuniões e luta por semanas, e uma greve de dois dias, culminaram na saída do Gamp da gestão efetiva e intervenção da Prefeitura

Em 2021, a luta já recomeçou!

Próximos passos

 

Mediação no TRT-4
Essa “façanha” de privatização do sr. Jairo Jorge, que picota a terceirização da saúde pública entre quatro empresas, as quais já tiveram problemas em outros estados do Brasil, está descrita em comunicado da Prefeitura. 

Esse mesmo documento anuncia as 3,5 mil demissões e menciona que as questões trabalhistas serão resolvidas em mediação no TRT-4. No entender dos sindicatos, isso demonstra claramente que não há previsão de quando os trabalhadores receberão seus direitos. 

As entidades de classe irão para a mesa do TRT-4, mas antecipadamente já contataram o Tribunal para agendar a mencionada mediação, de forma a que esta seja uma iniciativa de classe, e não uma imposição patronal.

 

Assembleia pós dia 10
O Sindisaúde-RS informa à categoria que, após o dia 10 de janeiro (data a definir), será realizada assembleia com a categoria para organizar a resistência, levar informações sobre o trabalho jurídico a ser desenvolvido, bem como trazer informações sobre o andamento da mediação, caso esta já tenha começado.

Mais esclarecimentos

- A nota da Prefeitura fala sobre a criação de uma comissão de transição que atuaria “junto aos sindicatos”. O Sindisaúde-RS jamais foi comunicado disso ou construiu tal saída, e não foi convidado a participar da comissão.

- A reunião ocorrida em 3 de janeiro foi meramente informativa sobre a situação da saúde de Canoas. No encontro, os sindicatos questionaram a situação dos direitos trabalhistas. Nada restou garantido. O prefeito Jairo Jorge, em férias, sequer participou. Apenas o vice, Nedy de Vargas Marques.

- Todas as quatro entidades têm problemas em outros estados do Brasil.

- HU, HPS e UPAs têm contrato emergencial de 6 meses com as respectivas empresas. Já os CAPS têm contrato definitivo.

- O aviso prévio emitido em 4 de janeiro é de 23 dias, do dia 4 ao 27, já incluído aí o desconto dos 7 dias que é direito quando se é demitido.

- A iniciativa da Prefeitura está em total desacordo com a legislação (Lei 8080)

Lei 8080

Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

 

TÍTULO II - DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º
(...)
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.
 

 

CAPÍTULO II - Da Participação Complementar
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada.

Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.