A mediação entre o Sindisaúde-RS e a Fundação de Cardiologia, prevista para acontecer nesta quinta-feira (14), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT4), foi adiada por solicitação dos representantes do hospital. A suspensão se deu a partir da notícia de intervenção federal no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, na quarta-feira (13), situação que motivou o deslocamento dos representantes do escritório responsável pela recuperação judicial da instituição e do superintendente do Cardiologia até Brasília. Como o cancelamento se deu de forma unilateral, sem prévio acordo entre as partes, e tem potencial de atrasar o encaminhamento de vários pontos que ficaram pendentes na última mediação, o Sindicato buscou a ajuda do Ministério Público do Estado (MP-RS).

Mais uma vez reunidos em luta por seus direitos, os trabalhadores da saúde fizeram um ato em frente ao MP-RS, na expectativa de que o órgão apoiasse uma intervenção no Cardiologia Porto Alegre. O pedido de reunião foi atendido pelo curador de fundações, promotor Ari Costa, que recebeu o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesien, e dois dos funcionários afetados, Simone Podlasinski e Vinícius Silva Gonçalves. Costa contou que haverá uma reunião com os responsáveis pela recuperação judicial da Fundação no MP-RS na próxima semana e é possível encontrar-se novamente com os representantes da categoria para informar sobre as deliberações. Jesien salientou que o encontro foi produtivo na medida em que se municiou o MP-RS de informações oriundas diretamente da categoria.

O pagamento de 90% dos valores dos salários de novembro aos 223 funcionários que foram reintegrados ao Instituto, por ordem judicial, deve ser efetuado ao longo desta sexta-feira (15).

Júlio Jesien (à esquerda), Simone Podlasinski e Vinícius Silva Gonçalves foram recebidos pelo promotor Ari Costa (à direita) e seu assessor