Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (1º), trabalhadoras (es) do GHC representadas (os) por dez sindicatos, incluindo o Sindisaúde-RS, aprovaram lutar pelo aumento do Vale para R$ 821,79, com base nas reposições não concedidas nos últimos 6 anos e no valor médio para demais estatais federais.
Esse pedido, sugerido pelos sindicatos e aprovado por unanimidade pela categoria no GHC, é o mesmo que as (os) colegas do HCPA farão à sua gestão, reforçando a luta por isonomia já entre os dois hospitais. “Há anos as entidades sindicais vêm mantendo esse pedido, e agora temos fé de que vamos, enfim, avançar”, declarou o presidente Julio Jesien. Já a vice-presidenta do sindicato, Claudete Miranda, fez uma fala muito aplaudida sobre a questão do assédio sexual. "Essa questão do assédio sexual não vai continuar", enfatizou.
Além da definição do pedido de reajuste, a categoria presente ainda elegeu uma comissão de trabalhadores e dirigentes para mobilização nesta luta, e.sugeriu outras pautas a serem discutidas nas reivindicações à gestão (veja-as mais abaixo).
Assembleia aprovou por unanimidade a pauta de reivindicações para as negociações do Acordo Coletivo
Próxima assembleia
Já ficou agendada a data de 23 de março, a partir das 14h, também em frente ao ambulatório do Conceição, para nova assembleia da categoria, onde será avaliada a resposta da gestão às reivindicações das (os) trabalhadoras (es).
Categoria participando da assembleia
Justificativa do pedido por R$ 821,79
As entidades sindicais propuseram à assembleia lutar por esse valor com base em dois pontos, especialmente. O primeiro é que o Vale do GHC, hoje em R$ 385,00 (considerando descontos), deveria estar já em R$ 506,00, considerando a inflação do período. Porém, há seis anos não há correção no benefício. O segundo ponto foi o mais definitivo. Os sindicatos calcularam a média de valores do benefício nas demais 17 estatais do Tesouro Nacional, chegando ao valor final de R$ 821,79.
Pautas que também serão incluídas/discutidas junto à gestão
- Iniciar a discussão sobre a renovação do Banco de Horas
- Férias-prêmio
- Revogação das penalidades aplicadas nos últimos quatro anos, sem direito ao contraditório
- Assistência à saúde do trabalhador
- Implementação das 180h da higienização
- Assédio moral
- Dimensionamento do quadro de profissionais
- Plano de cargo de salários a todos (as) trabalhadores (as) do GHC
- Discussão do regulamento geral de pessoal
Moção aprovada
Foi definido que uma moção de repúdio será encaminhada ao GHC contra a criação de uma quarta diretoria, bem como contra o excesso de cargos de gestão. Os recursos do GHC devem ser usados para resolver as séries de problemas presentes (como reposição de mão-de-obra, saúde do trabalhador, 180h, reajuste do Vale), não para acomodação de dirigentes políticos.
Assuntos gerais
- Colegas da higienização lembraram que há 8 anos esperam pelas 180h.
- Sobre a discussão do regulamento geral de pessoal, pede-se a suspensão das sanções disciplinares, que se trate sobre a questão do remanejo, e há reclamações sobre o sistema de avaliação (pede-se para que os cursos obrigatórios sejam realizados no horário de trabalho, e os cursos opcionais não sejam cobrados em avaliação).
- Sobre o banco de remanejo: apesar de assinado o acordo da volta do remanejo para o noturno, no ano passado, a regulamentação não faz sentido. Por exemplo, há trabalhadores com restrição laboral que não podem se inscrever para remanejo noturno justamente por terem restrição laboral
Crédito das fotos: Júlio Câmara