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27/11/2014 - Seminário de Formação e Organização


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Comunicação Sindicato

 

 

O SINDISAÚDE-RS, em conjunto com a ASERGHC, realizou no dia 8 de novembro uma troca de conhecimentos entre dirigentes sindicais, trabalhadores da base e duas grandes convidadas: Iara Welle, do DIEESE, e Raquel Paese, assessora jurídica das entidades. A proposta era aprofundar a compreensão da situação política e econômica do país pós-eleições para assim poder preparar melhor a luta.

De acordo com Iara Welle, é preciso muito cuidado com o terrorismo feito sobre a situação econômica do país. Como exemplo, a economista afirmou que é errado afirmar que a inflação não para de subir porque o preço da carne aumentou em um determinado mês. A inflação é continua e generalizada. O Brasil hoje tem o 7° maior PIB do grupo dos 20 países mais ricos do mundo, pois adotou uma política de aumento de salários e de distribuição de renda, o que faz a economia crescer, já que gera mais consumo.

Vivemos em uma situação de pleno emprego no Rio Grande do Sul, além da diminuição do emprego informal e aumento do formal. Apesar disso, também é verdade que a indústria brasileira encontra-se em recessão. O importante é analisar o todo e não se pautar apenas por um índice, pois além da indústria, existe a agricultura, serviços, construção civil, etc. Só assim, pode-se saber o caráter da luta, se vai ser de defesa dos direitos adquiridos ou de confronto para obter mais. Pelo que foi explanado pela economista, 2015 será um ano de confronto, pois existem condições para a classe trabalhadora avançar nas conquistas.

De acordo com a advogada Raquel Paese, é preciso lutar contra a privatização do SUS, que tem sido dada através da criação, por exemplo, do IMESF, instituição de direito privado. Para isso, é preciso unidade dos sindicatos, a exemplo do Fórum de Defesa do SUS, que bancou ações que foram vitoriosas, como o processo seletivo para os trabalhadores do IMESF. Hoje, temos o congresso mais conservador desde a ditadura, com avanço da bancada dos empresários, latifundiários, evangélicos e a diminuição da bancada do movimento sindical e social. Portanto, é preciso mobilizar ainda mais.

É preciso estar atento, de acordo com Raquel, a tendência do Judiciário de criminalizar as greves, aliado a uma mídia conservadora que afasta trabalhador de trabalhador. Outro ataque tem sido sofrido pelo Ministério Público do Trabalho que está em uma ofensiva contra os sindicatos para restringir suas atuações através da limitação de seus recursos, colocando que só os sócios devem pagar pelo fechamento da Convenção Coletiva.

Segundo Arlindo Ritter, “Seguiremos fazendo a luta independente de quem esteja no governo do estado e do país. Eles dizem que não podem conceder mais avanços, mas em dezembro de 2012, no GHC, fizemos greve e ganhamos o vale alimentação de R$ 272. Dizem os gestores do grupo que o orçamento da União, onde tudo deve estar previsto, fecha em agosto. Demonstramos que com luta, caem desculpas usadas como verdades como essa e assim faremos em 2015 com outras reivindicações.”