Hoje é um dia de celebrar e parabenizar o nosso querido Sistema Único de Saúde (SUS) , o maior sistema público de saúde DO MUNDO. O SUS completa 33 anos de existência com indiscutível importância, reforçada para a sociedade após a pandemia. Desde sua criação, com a Constituição de 1988, o SUS traz esperança e cuidado a milhões de brasileiros ao longo dos anos. Isso mesmo com todos os problemas originados da falta de verbas que um país como o Brasil tem. Enquanto o SUS salva vidas sem fazer distinção de condição financeira, nos Estados Unidos, a maior potência do mundo, as pessoas morrem em filas fora dos hospitais simplesmente por não terem dinheiro para pagar um plano de saúde. 

No entanto, é crucial ressaltar que a grandeza do SUS é construída por profissionais de saúde de diversas áreas. Técnicas (os) e auxiliares de diversas áreas, como enfermagem, nutrição, higienização, seguranças, administrativos, manutenção, coletadores , auxiliares farmácia e muitos outros desempenham papéis essenciais na promoção da saúde e no atendimento à população. Palmas não bastam! Elas (es) merecem reconhecimento e remuneração justa pelo trabalho árduo que realizam, muitas vezes em condições desafiadoras.  

Porém, muito ao contrário dessa louvável conduta, patrões estão tentando, neste exato momento, não pagarem o piso da enfermagem, um direito conquistado através de uma luta de décadas da categoria com seus sindicatos! É apenas mais uma demonstração de como “trabalhador tem que ser pelo trabalhador”, como já foi dito em algumas assembleias do Sindisaúde-RS. Aliás, trabalhador (a), não se preocupe: os prazos estão chegando e, se não te pagarem, sempre vais ter o Sindisaúde-RS a que recorrer!

Ainda, ao celebrar o SUS, também é necessário reconhecer os desafios enfrentados. Um dos principais deles é a correção da tabela SUS, que muitas vezes não reflete os custos reais dos procedimentos. É essencial que o governo e a sociedade trabalhem em conjunto para buscar soluções que garantam uma remuneração justa e adequada aos profissionais de saúde que atuam pelo SUS.

Por fim, é fundamental fortalecer rede pública sem deixar de olhar para a filantropia no sentido de destinar mais recursos para o atendimento 100% SUS no Brasil. A colaboração entre o setor público e as instituições filantrópicas pode ampliar o acesso a serviços de saúde de qualidade, garantindo que mais pessoas tenham acesso a tratamentos e cuidados médicos essenciais. Evidentemente, esse acréscimo deve vir com a cobrança de TRANSPARÊNCIA por parte das instituições filantrópicas, que em muitos casos são caixas-pretas guardando segredos do público.

Juntos, com orgulho e confiança de termos construído o maior sistema de saúde público do mundo, celebramos hoje seus 33 anos, querido SUS! Sabemos como, e podemos superar os desafios para continuar avançando em direção a uma saúde pública de excelência, onde todos os brasileiros possam receber o cuidado que merecem. 

Parabéns, SUS, por seus 33 anos de vida – e pelas centenas de milhões de vidas salvas ao longo dessas 3 décadas!