Depois de o Sindisaúde, juntamente com outras 17 entidades, solicitar uma mediação prévia com o Sindihospa, o Tribunal Regional do Trabalho convocou uma reunião, realizada nesta terça-feira, 8 de novembro. Na mesa de negociação com os representantes do Sindihospa, estavam o presidente do Sindisaúde, Arlindo Ritter; a advogada Raquel Paese, os representantes do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul e os representantes do Sindicato dos Farmacêuticos.

O desembargador e vice-presidente do TRT, João Pedro Silvestrin, justificou a convocação após ter tido conhecimento da greve dos trabalhadores da saúde anunciada pela mídia. “Me assustou também pela gama de sindicatos participantes de um serviço essencial”, disse.

Desde o princípio, a patronal manifestava que não avançaria na proposta vergonhosa de 5% de reajuste parcelado - rechaçada pela classe -, sendo que apenas o INPC do período ficou em 9,91%.

A doutora Raquel Paesi insistiu na importância de garantir os índices: “Não se pode fazer com que o prejuízo se reflita nos próximos anos”, afirmou. Depois de 4 horas de reunião, o Sindihospa apresentou uma nova proposta de apenas 6%, o que foi considerado inaceitável pelas categorias.

“Isso só mostra a intransigência de vocês desde o início da negociação”, argumentou o presidente Arlindo Ritter.

Assim, a greve de 48 horas foi mantida para os dias 9 e 10 de novembro. A segunda reunião de mediação ocorrerá no dia 18 de novembro.