Mais uma negociação aprovada pela categoria!
Após meses de negociações, os trabalhadores dos hospitais beneficentes, religiosos e filantrópicos (base da patronal, o Sindiberf) aprovaram nesta terça (28), por unanimidade, a nova Convenção Coletiva de Trabalho. Mais importante do que a reposição das perdas alcançada (4,67% retroativos a abril/19), os trabalhadores garantiram todos os direitos históricos do Sindisaúde-RS até 2021. "Ao longo das décadas, o Sindisaúde-RS alcançou muitos direitos que vão além da CLT, como o adicional noturno a 50% e as horas-extras a 100%. A nossa preocupação maior foi garantir uma negociação que, mais do que repor as perdas, garantisse que a categoria não perdesse nenhum direito", explicou o secretário-geral e, a partir de outubro, novo presidente do sindicato, Julio Jesien. Ele coordenou os trabalhos junto ao atual presidente, Arlindo Ritter, o vice, Julio Appel, e o representante jurídico, Silvio Boff, do escritório Paese, Ferreira.
Pagamento do reajuste
É importante você verificar seu contracheque: alguns hospitais, de olho na negociação, já haviam começado a repassar o reajuste de 4,67%. No entanto, como o reajuste é retroativo a abril de 2019, vários hospitais ainda têm que quitar os valores referentes aos meses sem reajuste, o que deve ser feito em 3 parcelas mensais a partir da folha referente a agosto de 2019. Portanto, no seu próximo pagamento já deve constar o reajuste e a 1º parcela do retroativo.
Aprovação foi unânime, com uma abstenção
Jesien coordenou os trabalhos
Trabalhadores em assembleia
Por que a demora?
"Em relação à negociação da convenção coletiva dos hospitais públicos e privados, a negociação desse ano com a entidade representativa dos hospitais filantrópicos, o Sindiberf, tem demorado bastante. Porém, o motivo dessa demora é a defesa intransigente que o Sindisaúde-RS faz de um direito histórico da categoria. A patronal queria tirar o direito dos trabalhadores de receber os feriados trabalhados como folgas compensatórias ou horas extras; ou seja, considerar o feriado um dia normal de trabalho, um dos ataques trazidos pela Reforma Trabalhista. Nós nunca aceitamos essa possibilidade e por isso as negociações estão demorando, mas agora podemos apresentar à categoria, em assembleia geral, uma proposta de reajuste sem perda de qualquer direito", declarou o secretário-geral do sindicato, Julio Jesien, que conduziu as negociações desse ano.
Da esquerda para a direita: Jesien, o advogado Silvio Boff, e os delegados sindicais Lúcia Mendonça (Cardiologia/Viamão), Jean e Lisete (Camaquã) em uma das negociações do ano
Mais direitos nos hospitais filantrópicos: redução de jornada e aumento da remuneração!
Além da negociação da convenção, o Sindisaúde-RS realizou um trabalho de base muito forte ao longo desses últimos anos. Com a atuação constante dentro dos hospitais, o sindicato foi capaz de diagnosticar direitos que eram pagos equivocadamente pelos gestores, alcançar acordos para retomada de direitos e convencer os gestores à reduzir jornada de trabalho sem redução salarial!