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23/10/2018 - GHC – Mesa mediadora concede prazo para gestão


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Comunicação Sindicato
Nesta segunda-feira (22), o Sindisaúde-RS participou de mais uma mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) em busca de novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para os trabalhadores do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). 
O presidente Arlindo Ritter representou o sindicato na mesa, acompanhado por Valmor Guedes, pela Aserghc, e demais sindicatos do setor. A mediação teve como pautas o reajuste do Vale-Alimentação (V.A.) conforme os índices de inflação, a reimplementação das férias-prêmio e o retorno da licença-capacitação.
 
Mediação no TRT-4 encerrou ontem com nova proposta de reajuste

A mediação

Os sindicalistas manifestaram inconformismo com a inércia da gestão, que não parece interessada em negociar direitos tão urgentes dos trabalhadores. “Por outro lado, a diretoria do GHC atua com muito mais disposição e eficácia quando senta com os médicos para negociar, inclusive se deslocando para reuniões em Brasília”, afirmou o presidente Arlindo Ritter. 

Um dos argumentos usados recorrentemente pela gestão do grupo para não avançar nas negociações com o Sindisaúde-RS e demais entidades de classe é a suposta dificuldade de obter da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), sediada em Brasília, índices que possam ser confirmados na mesa. A Sest é o órgão criado pelo governo para controlar as gestões das empresas estatais.

Dr. Renato Paese, Presidente Arlindo Ritter e Valmor Guedes participaram das negociações

Definições

Após uma hora de negociação, as partes se reuniram e a mesa mediadora propôs que o GHC pague 0,78% (correspondente a 50% do INPC de 01/04/2017 a 31/03/2018) de reajuste no V.A. a partir de 1º de abril de 2018, ficando para a próxima data-base (abril/2019) a negociação sobre o reajuste integral. Por fim, foi dado um prazo de 5 dias para o GHC se manifestar sobre as férias-prêmio e a licença-capacitação.

Desembargador Ricardo Carvalho Fraga conduziu a mediação

Cronologia

Em 2017, os trabalhadores aprovaram parte do ACT, com reajuste no Vale-Alimentação. Porém, ficou acordado com a gestão do grupo que as negociações seriam retomadas em 2018, para chegar a consenso sobre três itens que ficaram pendentes: 

• Revisão do valor do vale alimentação

• Reimplementação das férias-prêmio

• Retorno da licença capacitação
 
As negociações para este novo ACT haviam sido retomadas em janeiro, mas a intransigência da gestão na ocasião acabou por desfazer a mesa. No mês seguinte, direção do grupo e sindicatos retomaram as conversas, mas houve pouco avanço nos meses seguintes.
 
Dessa maneira, as entidades de classe buscaram a mediação do TRT-4. O primeiro encontro de 2018 no tribunal foi em 16 de agosto, no qual o próprio mediador e vice-presidente do TRT4, Ricardo Carvalho Fraga, lembrou aos representantes da gestão que licença capacitação e férias prêmio não envolvem custo direto, e que, portanto, não havia justificativa para deixar de conceder esses direitos aos trabalhadores.