Em assembleia realizada ontem (01) à tarde na sede do Cpers Sindicato, mais de cem trabalhadores decidiram aceitar proposta compensatória para a demissão em massa efetivada pelo Hospital Mãe de Deus há 3 semanas. A proposta aceita prevê o pagamento de dois salários mínimos e meio nacionais a cada um dos demitidos, além das verbas rescisórias. Os trabalhadores continuam livres para entrar com ações individuais contra o hospital.
Assembleia lotou o auditório do CPERS
Trabalhadores se mostraram agradecidos pela luta encampada pelo sindicato
A luta continua
O sindicato cumpriu ontem à tarde a sua missão de representação da categoria, levando à discussão e decisão soberana dos trabalhadores interessados a proposta discutida na mesa do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região.
Cabe ao Sindisaúde-RS ratificar o desejo dos trabalhadores. Porém, enquanto entidade de defesa da classe trabalhadora, não concordamos com quaisquer propostas compensatórias para uma demissão em massa que consideramos ilegal. Tendo sido a vontade da categoria aceitar tal acordo, o sindicato o ratificará, mas manteremos nossas frentes de luta contra a terceirização na saúde.
"A decisão da categoria é sempre soberana e temos que respeitar. No entanto, nós, enquanto entidade de defesa da classe trabalhadora, continuaremos lutando contra esse ataque feito pelo Mãe de Deus. Já fizemos denúncias no Ministério do Trabalho e nos Conselhos Municipal e Estadual, e não iremos parar por aí, pois a terceirização na saúde mata!", afirmou o presidente Arlindo Ritter.
Além disso, o sindicato veicula na cidade uma campanha de outdoors e backbus (cartazes nas traseiras de ônibus) denunciando os riscos da terceirização na saúde.
Da esq. p/ a dir.: presidente Arlindo Ritter; advogado do sindicato, Saulo Oliveira do Nascimento, e secretário-geral, Julio Jesien
Homologações
Começam na segunda-feira, 08 de outubro. Serão feitas 25 homologações por dia, incluindo o sábado de 20 de outubro, no qual nosso setor fará um dia de atendimento especial para encerrar as homologações. A ordem das homologações atenderá ao critério que os trabalhadores presentes à assembleia de ontem definiram, conforme ordem abaixo:
1) Trabalhadores que estiveram presentes aos protestos durante as últimas semanas (comprovação via ata de presença).
2) Quem já está trabalhando.
3) Quem está com problemas de saúde.
4) Demais demitidos (as).
Crédito das fotos: Assessoria Sindisaúde-RS / Stéfano Moura