Na manhã desta quarta-feira (30), em mediação realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), o Sindisaúde-RS obteve os primeiros sinais de sucesso para a luta que começa sexta em Tramandaí, quando ocorre o primeiro ato de protesto programado pelos trabalhadores. Após a pressão exercida pelo sindicato, a presidenta do TRT-4, desembargadora Vânia da Cunha Mattos solicitará a presença da Secretária Estadual de Saúde, Aritta Bergman, em uma nova mediação que acontecerá no dia 05 de fevereiro.

"A gestão não paga os trabalhadores em dia, não repõe as perdas salariais há 4 anos, não quita o 13º... é urgente a necessidade de iniciarmos negociações por um Acordo Coletivo de Trabalho que regule todos esses problemas", afirmou o secretário-geral, Julio Jesien. Já o presidente do sindicato, Arlindo Ritter, complementou a defesa dos argumentos se referindo ao grande número de cargos de confiança existente na Fundação Getúlio Vargas, responsável pela gestão do hospital.

Presidente do Sindisaúde-RS explica a situação de Tramandaí para a desembargadora

Os diretores do Sindisaúde-RS informaram também, que por causa destes motivos, nesta sexta-feira (01) e na próxima (08) acontecerão em Tramandaí atos de luta que visam a denunciar os problemas no hospital. A ideia é conscientizar a população da cidade sobre os problemas a partir de conversas e distribuição de material - em virtude do ato, o atendimento ao público também poderá estar restringido, a partir de definições que os trabalhadores venham a tomar em conjunto. Além disso, no ato de luta da sexta-feira seguinte, dia 08, haverá assembleia geral com indicativo de paralisação.

Mediação contou com a participação dos trabalhadores de Tramandaí

Relembre a luta em Tramandaí

Entre o final de 2017 e início de 2018, o Sindisaúde-RS liderou a categoria em Tramandaí em atos de luta e paralisações em conjunto com os trabalhadores da cidade. No dia 21/12/2017, o sindicato esteve na cidade para mobilizar os funcionários, e já no dia 22/12/2017 uma assembleia geral para definir o plano de lutas foi realizada. Após decisão da assembleia, com a organização do Sindisaúde-RS, os trabalhadores realizaram uma caminhada para expor à população a situação do hospital, em plena véspera de Ano Novo, no dia 29/12. Logo na entrada de 2018, no primeiro dia útil, 02/01, uma paralisação de 12 horas foi realizada. Por fim, dias depois, em 11/01, os funcionários do Hospital Tramandaí iniciaram nova paralisação pela manhã, e já na tarde do mesmo dia a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) deu retorno à luta aos funcionários, quitando o 13º atrasado.

Neste ano, a mobilização se faz necessária novamente para reivindicarmos o que é de direito do trabalhador. Unidos somos mais fortes, vamos todos à luta!

Crédito das fotos (Sindisaúde-RS / Tiago Coutinho)