A greve da Saúde se fortaleceu no dia de hoje. Por volta do meio-dia, os servidores concentrados no piquete do Hospital Conceição iniciaram uma caminhada pelas avenidas Francisco Trein e Assis Brasil, onde cerca de trezentos trabalhadores trancaram o trânsito. Na oportunidade, os líderes sindicais se comunicaram com a população explicando os motivos da greve, especialmente a intransigência da patronal em atingir a reposição do período, de 9,91% - até o momento, a proposta é de apenas 6%. 

 

"Precisamos seguir mobilizados e cada vez mais unidos. Só assim vamos conquistar avanços", falou ao microfone o presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, que classificou o movimento como excelente. Após o trancaço, os grevistas continuaram a caminhada até o Hospital Cristo Redentor, o qual também opera com os serviços limitados. No local, somaram-se aos colegas, totalizando em torno de 500 pessoas. 

 

Outro hospital em que a paralisação ganhou força foi o Clínicas, onde houve horários de pico entre as 10h e as 11h.  Até as 13 horas da tarde, cerca de 800 trabalhadores haviam passado pelo piquete no sistema de rodízio, conforme ata de presença - cem a mais do que no mesmo período de ontem. "Pela manhã, cerca de 40% dos trabalhadores aderiram à greve", afirmou o vice-presidente do Sindisaúde-RS, Julio Appel. Desde ontem, os funcionários trabalham no sistema de rodízio, visando a atender a Lei de Greve, que determina 30% dos serviço mínimos. "O pessoal vai se revezando, mas estão todos apoiando a luta", comentou o Diretor de Formação Sindical, Paulo Vargas.

 

A UPA Zona Norte manteve as portas fechadas, atendendo apenas casos graves. O Hospital Fêmina registrou pequeno aumento na adesão à greve em relação ao dia de ontem.

 

 

 

 

Amanhã, a partir das 13:30, será realizada assembleia geral em frente ao Hospital Conceição, onde os rumos do movimento serão definidos. A greve pode continuar por tempo indeterminado