Foi novamente cumprindo com a promessa de transparência que a direção do sindicato buscou, junto às bases, a aprovação para um grande passo a ser dado. Já há décadas situado na Rua João Guimarães, 37 e 41, o Sindisaúde-RS vai se tornar ainda maior. Na tarde de hoje, os associados autorizaram, por unanimidade, o processo de mudança para uma nova sede, condizente com a massa de trabalhadoras e trabalhadores que representamos, estimada em cerca de 70 mil pessoas. A partir de agora, espera-se que em cerca de 2 anos a troca de sede seja concluída - portanto, muito provavelmente já em uma próxima gestão, assegurando-se assim o interesse soberano dos sócios de possuir uma sede do tamanho das missões que o sindicato deve cumprir. O sindicato buscará, a partir de hoje, a melhor alternativa no mercado (venda ou permuta das atuais propriedades) para construir uma nova sede.
Houve absoluto consenso na necessidade de mudança de sede
O presidente, Arlindo Ritter, reforçou a importância da mudança
Há meses uma comissão de diretores vem realizando pesquisas no mercado imobiliário para verificar qual seria a solução menos onerosa e de melhor retorno para a entidade. Na pesquisa para compra de um novo imóvel, cerca de 30 prédios foram checados; desses, apenas cinco atenderam aos critérios mínimos esboçados pelos diretores: espaço, boa acessiblidade e imóvel em plenas condições. "No entanto, após análise técnica, nenhum dos cinco se mostrou em boas condições para a mudança: ou faltava PPCI, ou não tinha alvará, ou a estrutura estava condenada", comentou Ricardo Sarmanho, um dos integrantes da comissão.
Ricardo Sarmanho explicou a dificuldade em encontrar bons prédios para compra
Assim, a direção voltou ao seu plano inicial: construir um novo prédio, do zero, onde é hoje a sede da antiga clínica dentária do Sindisaúde-RS, na rua Vicente da Fontoura, 2222. A autorização dada pelos associados na assembleia de hoje permite ao corpo diretor, a partir de agora, captar no mercado empresas interessadas na compra ou na permuta de atuais propriedades do sindicato. São essas a sede da Rua João Guimarães e o próprio terreno onde está localizada a antiga clínica dentária, existindo ainda a possibilidade de se inserir no negócio duas salas comerciais no Centro, onde funcionava a antiga sede, hoje alugadas para o Sinditest.
Sócios acompanharam com atenção a exposição dos problemas da sede atual e as possibilidades para a nova
Problemas
Com a ajuda de fotos, o secretário-geral, Julio Jesien, expôs as condições da atual sede (confira a apresentação aqui), repleta de infiltrações, mofo e infestações de cupins. Além disso, um dos principais problemas, relatados em várias manifestações do público presente, é a falta de espaço para receber a classe trabalhadora. Em resposta ao delegado sindical Daniel, do Instituto de Cardiologia, Jesien explicou que a atual sede do sindicato tem apenas 260 m2, enquanto que o minimamente ideal seria 800 m2.
O secretário-geral, Julio Jesien, conduziu os trabalhos
A diretora Ana Paula Capra, uma das integrantes da comissão de diretores que buscou uma alternativa para a atual sede, trouxe ainda o exemplo da semana passada, de fortes chuvas. "Pela manhã, a mesa dos homologadores estava cheia de água. Foi muito difícil para trabalhar", explicou. Outras pessoas, incluindo membros de gestões passadas, lembraram que não há espaço disponível para se reunir nem mesmo com 10 pessoas, prejudicando o atendimento aos trabalhadores.
Ana Paula Capra foi uma das diretoras da comissão que vasculhou o mercado
Próximos passos
Jesien explicou que, a partir de agora, a primeira opção será buscar empresas que se interessem pela atual sede em troca da construção da nova, em lugar da antiga clínica dentária. Há ainda a possibilidade de abrir um processo de disputa para empresas que aceitem executar a obra, mediante venda dos imóveis.
"Toda e qualquer decisão, até mesmo como estamos fazendo hoje, será trazida à assembleia para deliberação", esclareceu o presidente do sindicato, Arlindo Ritter, que lembrou ainda: "Muito provavelmente, a mudança nem vai se completar na nossa gestão, que acaba em 2019. Então, nós não estamos fazendo isso por nós, e sim pelas categorias, que merecem uma sede melhor."
Ao final, trabalhadores aplaudiram a decisão unânime