Uma gestão incompetente e que desrespeita os trabalhadores está levando o Hospital Beneficência Portuguesa (HBP), um dos mais tradicionais de Porto Alegre, à beira da falência. Por isso, o Sindisaúde-RS e o Sergs, que há anos insistem para que a Prefeitura intervenha na instituição, ouviram de suas categorias na tarde de hoje (20), em assembleia realizada na frente do hospital, o primeiro "basta" à vergonhosa situação da gestão: os trabalhadores irão cruzar os braços durante 72 horas a partir do dia 30 de outubro. 

Trabalhadores estão esgotados: já são quase 4 meses sem receber

"Aqui falta é gestão! Como um hospital com 197 leitos vai ter apenas 10 funcionando? Os trabalhadores não podem pagar por esse absurdo!", afirmou o presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, aos cerca de 50 presentes à assembleia. A delegada sindical na instituição, Cláudia Regina dos Santos, também foi muito incisiva em sua chamada aos colegas. "Eu agradeço por vocês estarem aqui hoje. Já estava demorando para que uma medida fosse tomada. Ora, não tem nem mesmo papel higiênico nesse hospital! Quase quatro meses sem receber. Chega!", avisou Claudia, que há quase dois anos está afastada do hospital devido à represálias por sua forte atividade de defesa dos colegas como delegada sindical do Sindisaúde-RS na instituição.

Ritter já denuncia a má gestão do HBP há anos. Ele pede intervenção da Prefeitura paa salvar o hospital, enquanto o sindicato presta o apoio necessário aos trabalhadores

A  delegada sindical na instituição, Claudia Santos, está há anos à frente da defesa de seus colegas do Beneficência Portuguesa, onde trabalhou até 2015, ano em que sofreu represálias da gestão do hospital e foi demitida injustamente

Na foto, o presidente do Sergs, Estêvão Finger, fala aos presentes. O sindicato convocou a assembleia conjuntamente com o Sindisaúde-RS

Manifestação dia 25

Além da paralisação, também ficou definida uma manifestação, a partir das 10 horas da manhã do dia 25, em frente ao HBP. No dia, os vereadores visitarão o hospital para investigar a situação de quase falência do hospital. "Vamos fazer um grande ato aqui na frente para mostrar aos parlamentares a situação pela qual vocês estão passando aqui", disse Ritter.

Fotos: Assessoria de imprensa do SIndisaúde-RS / Stéfano Mariotto