Mediação sobre Camaquã (8)
Ontem (8), o Sindisaúde-RS participou de mediação no TRT-4 para defender centenas de trabalhadoras(es) do Hospital de Camaquã, administrado pela Fundação Assistencial e Beneficente de Camaquã (FUNBECA). A juíza da Vara do Trabalho da cidade informou que o hospital está com uma dívida de R$ 1,2 milhão em valores relativos aos processos em execução.São 161 processos judiciais ativos movidos contra a FUNBECA.
O presidente do sindicato, Julio Jesien, o diretor Júlio Duarte, a diretora Lisete Teresa Bueno e o advogado Silvio Boff (Paese, Ferreira) representaram a categoria. O sindicato exigiu que o governo estadual, cujo procurador havia dito não ter o que fazer em curto prazo para resolver a situação, não altere os repasses. "Além disso, cobramos o pagamento antecipado das férias e a retomada das homologações no sindicato e o pagamento dos reajustes salariais previstos na Convenção Coletiva", destacou Jesien.
Diretoria do sindicato acompanhou em peso a mediação. Da esquerda para a direita, Luciano Soares, Estela Mar, Carlos Alexandre (azul) e Claudio Lima
Encaminhamentos
- O Estado do RS se comprometeu a se manifestar, já na próxima mediação, sobre a proposta do Sindisaúde-RS de não alteração dos repasses dos valores do programa “Assistir”.
- Serão convidados para participar da mediação a União, bem como a Associação dos Municípios da Costa Doce e os municípios dela integrantes.
- A Funbeca também se comprometeu a se manifestar, já na próxima mediação, sobre o pleito do Sindisaúde-RS acerca das férias, homologações e Convenção.
Próxima mediação
Será em 12/11/2024, às 09h30min, no Hospital de Camaquã, na Av. Cristóvão Gomes de Andrade, 665.
Ata da mediação
Mais informações
- A juíza Adriana Moura Fontoura, da Vara do Trabalho de Camaquã, relatou que, dos 161 processos ativos, 42 estão em execução e 14 aguardam liquidação de sentença, com uma dívida total de R$ 1,2 milhão. Mesmo com penhoras mensais que giram em torno de R$ 30 mil, esse valor não é suficiente para sanar a dívida com os trabalhadores.
- Durante a mediação, a Funbeca sugeriu que a União e os 14 municípios atendidos pelo hospital fossem chamados a contribuir, destacando que a Associação dos Municípios da Costa Doce também deveria participar das negociações. A Fundação argumentou que a adesão desses atores poderia garantir um pagamento mensal de R$ 80 mil para sanar as dívidas trabalhistas.
- O Ministério Público do Trabalho sugeriu uma união de esforços entre Estado, municípios e a União para garantir o pagamento dos valores devidos.
Próxima mediação será em 12 de novembro