Na quarta-feira (08), o Sindisaúde-RS teve sua primeira reunião com o Sindiberf, entidade patronal que representa os hospitais beneficentes, religiosos e filantrópicos, para tratar da revisão da Convenção Coletiva de 2018, para discutir o reajuste salarial da data-base de abril de 2019 e cláusulas sociais. Nesse primeiro encontro, o sindicato recebeu da patronal a proposta de pagamento do INPC do período (4,67%) parcelado em duas vezes, que está bem longe da proposta dos trabalhadores, que é de reposição do INPC mais aumento real de 5% (confira mais itens da proposta dos trabalhadores abaixo). A próxima reunião está marcada para o dia 21 de maio.
Primeira reunião com o Sindiberf para revisão da Convenção Coletiva
O presidente Arlindo Ritter, que representou o sindicato na mesa, tem como foco a discussão de melhorar os baixos salários. "Estamos lutando para garantir no mínimo a integralidade do piso regional, independente da carga horária, mas também para construirmos outros mecanismos para alavancar os baixos salários, como VA e cesta básica, por exemplo", explicou.
Diferentemente da convenção fechada com o Sindihospa, não houve na Convenção Sindiberf 2018 a garantia de reposição automática da inflação em abril de 2019 para os trabalhadores dos hospitais filantrópicos. Por isso, a importância de revisar a CCT com o Sindiberf.
Proposta dos trabalhadores
Dentre outros itens, a proposta da categoria à patronal contempla:
- Reposição da inflação do período (4,67%) mais aumento real de 5%, totalizando cerca de 9,67%.
- Por conta do reajuste acima, a garantia do pagamento de pelo menos R$ 300 de reajuste a todos os funcionários, visando aumentar principalmente os baixos salários.
- Pagamento da integralidade do piso regional, independente da carga horária
- Vale-alimentação no valor de uma cesta básica (conforme Dieese)
O Sindiberf
O Sindiberf representa as gestões dos hospitais beneficentes, religiosos e filantrópicos do Rio Grande do Sul. A entidade e o Sindihospa são as maiores entidades patronais com as quais egociamos anualmente: ambas incorporam uma base que corresponde a cerca de 25 mil trabalhadores que estão na base do Sindisaúde-RS.
A negociação coletiva fechada com o Sindiberf se estende a toda a base territorial do Sindisaúde-RS, diferentemente da fechada com o Sindihospa, que se estende somente aos hospitais públicos e privados e clínicas de Porto Alegre.