Campanha Salarial 2023: negociação aprovada!
Votação foi quase 100%
Foi quase um ano de negociações para trazer esse resultado final a você, trabalhador (a) de hospital filantrópico. O Sindisaúde-RS manteve as negociações por todo esse período, incluindo a mediação do TRT-4, para levar à assembleia da categoria a proposta de nova Convenção Coletiva que foi aprovada com 96,4% de votos favoráveis, em um total de 393 votantes (foram 11 votos contrários e 3 abstenções). Com isso, você tem já dois reajustes garantidos: o de 2023, pago com retroatividade a novembro, e o de 2024, pago na próxima data-base (abril) no valor do INPC. Já a negociação pela não retroatividade de 2023 e de outros anos será mantida em aberto. Por fim, todos direitos históricos foram mantidos! "Foi intolerância dos patrões do início ao fim. Entendemos que a proposta obtida foi a possível após tanto tempo de negociação, e a mediação concordou com nosso pedido de manter em aberto a discussão das diferenças salariais de anos anteriores. Considerando isso e o fato de que já estamos garantindo a reposição das perdas na próxima data-base, entendemos que há espaço para repor essas diferenças nas futuras negociações", declarou o presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien.
A assembleia que aprovou a proposta foi virtual, no canal do Youtube do Sindisaúde-RS, em conjunto com o Sergs (enfermeiros) e Sinditest-RS (técnicos de segurança do trabalho), que também aprovaram suas respectivas Convenções. Se quiser conferir a assembleia, clique aqui.
Reuniões foram uma constante ao longo do ano: foram dezenas, contando ainda com mediação do TRT-4. A foto é da última mediação
Resumo: o que a Convenção Sindisaúde-RS/Sindiberf traz para você?
Lembre-se: a negociação vale para empregadas (os) de hospitais filantrópicos na base territorial do Sindisaúde-RS (clique aqui se não conhece nossa base)
Palavra do Sindisaúde-RS: negociações extremamente difíceis
"Para que você tenha uma ideia das dificuldades pelas quais passamos ao longo das negociações com o Sindiberf, a assembleia que construiu a pauta da categoria ocorreu em março de 2023 - ou seja, quase um ano atrás. Desde que começamos as conversas, o Sindiberf usou o debate no Judiciário sobre um direito nosso, o piso da enfermagem, para protelar as mesas de negociação", explicou o presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien.
Jesien complementa, ainda: "Mesmo com esse grau de comparação, os patrões de hospitais filantrópicos jamais cogitaram reconhecer a categoria pelas perdas da pandemia. Enquanto o Sindisaúde-RS e demais sindicatos mudaram mais de uma vez seu pedido inicial de abono, e inclusive reformularam completamente a proposta nas últimas semanas, a patronal disse apenas "não" durante todo o tempo. Devido a essa falta de reconhecimento, o Sindisaúde-RS e demais sindicatos de classe solicitaram na mediação do TRT-4, e foram atendidos pelo desembargador, que constasse formalmente a necessidade de continuar discutindo as perdas pela não retroatividade de 2023, e também de anos anteriores. Isso pode não parecer importante, mas foi através dessa reiterada postura nas negociações com o Sindihospa ao longo dos anos da pandemia que o Sindisaúde-RS obteve o abono de R$ 1000, por exemplo. Nas futuras negociações, portanto, continuaremos lutando pela garantia da reposição dessas perdas passadas".
Assembleia que apresentou a proposta foi virtual, no canal do Sindisaúde-RS no Youtube
Cota negocial: SÓCIAS (OS) NÃO PAGAM! Sindisaúde-RS esperará o repasse do INPC em abril
A categoria já havia aprovado o pagamento da cota negocial na assembleia de construção da pauta, realizada em março de 2023. Porém, o Sindisaúde-RS vai aguardar o repasse do INPC na folha de abril para divulgar o prazo de oposição à cota e efetivar a cobrança da contribuição, que é uma forma de equilibrar o financiamento do sindicato entre colegas que não querem ser sindicalizados, mas acabam usufruindo do mesmo percentual de reajuste salarial anual e dos mesmos direitos históricos que os sindicalizados. Isso porque sócias (os) do sindicato não pagam cota negocial. O Sindisaúde-RS, desde a Reforma Trabalhista, tem apenas duas fontes de financiamento: a mensalidade social e a cota negocial (quando aprovada em assembleia).
Categoria que se indica sindicalizada nos filantrópicos. Luta é para ser 100%!