Home > Notícias > CAMPANHA SALARIAL 2023 – Após meses de duras negociações, base Sindiberf (filantrópicos) aprova proposta patronal garantindo reajustes de 2023 e 2024

19/02/2024 - CAMPANHA SALARIAL 2023 – Após meses de duras negociações, base Sindiberf (filantrópicos) aprova proposta patronal garantindo reajustes de 2023 e 2024


Compartilhe nas suas redes sociais!


Stéfano Mariotto de Moura - Coordenador de Comunicação
Atenção: saiba se essa negociação vale para você
As informações abaixo dizem respeito à Convenção Coletiva de Trabalho Sindisaúde-RS/Sindiberf, que legalmente define o índice de reajuste salarial anual e a existência de uma série de direitos acima da CLT, como horas-extras a 100% (após as duas primeiras horas, CLT apenas 50%), adicional noturno a 50% (40% no interior, CLT apenas 20%) e quinquênio (não existe na CLT).
O Sindiberf é o sindicato que representa patrões de hospitais beneficentes, religiosos e filantrópicos no Rio Grande do Sul. Ou seja, se você trabalha em um desses locais dentro da base territorial do Sindisaúde-RS, essa negociação vale para você! E o patrão é obrigado a cumprir com ela! Clique aqui e confira nossa base territorial!
O outro grande sindicato patronal com quem negociamos anualmente é o Sindihospa, que representa patrões de hospitais privados e empresas de saúde privadas de POA capital, além do GHC e do HCPA. A negociação para tais locais de trabalho foi fechada em julho. Confira informações sobre ela na Central da Campanha Salarial (clique aqui)
Por que Campanha Salarial 2023? Porque a negociação, que foi muito demorada devido à intolerância da patronal, se refere ainda à data-base abril/2023.
Mais informações
Direitos acima da CLTclique aqui para um resumo.
Quer entender mais sobre nossas negociações por você? Clique aqui!
Se você não atua em nenhum desses locais de trabalhoclique aqui para conferir se algum Acordo Coletivo te representa.

Campanha Salarial 2023: negociação aprovada!

 

Votação foi quase 100%

Foi quase um ano de negociações para trazer esse resultado final a você, trabalhador (a) de hospital filantrópico. O Sindisaúde-RS manteve as negociações por todo esse período, incluindo a mediação do TRT-4, para levar à assembleia da categoria a proposta de nova Convenção Coletiva que foi aprovada com 96,4% de votos favoráveis, em um total de 393 votantes (foram 11 votos contrários e 3 abstenções). Com isso, você tem já dois reajustes garantidos: o de 2023, pago com retroatividade a novembro, e o de 2024, pago na próxima data-base (abril) no valor do INPC. Já a negociação pela não retroatividade de 2023 e de outros anos será mantida em aberto. Por fim, todos direitos históricos foram mantidos! "Foi intolerância dos patrões do início ao fim. Entendemos que a proposta obtida foi a possível após tanto tempo de negociação, e a mediação concordou com nosso pedido de manter em aberto a discussão das diferenças salariais de anos anteriores. Considerando isso e o fato de que já estamos garantindo a reposição das perdas na próxima data-base, entendemos que há espaço para repor essas diferenças nas futuras negociações", declarou o presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien.

A assembleia que aprovou a proposta foi virtual, no canal do Youtube do Sindisaúde-RS, em conjunto com o Sergs (enfermeiros) e Sinditest-RS (técnicos de segurança do trabalho), que também aprovaram suas respectivas Convenções. Se quiser conferir a assembleia, clique aqui.

 

Reuniões foram uma constante ao longo do ano: foram dezenas, contando ainda com mediação do TRT-4. A foto é da última mediação

Resumo: o que a Convenção Sindisaúde-RS/Sindiberf traz para você?

Lembre-se: a negociação vale para empregadas (os) de hospitais filantrópicos na base territorial do Sindisaúde-RS (clique aqui se não conhece nossa base

Manutenção de todos direitos históricos da base do Sindisaúde-RS
Esses direitos históricos de que falamos são avanços que não constam da CLT, ou constam em patamares inferiores, como as horas-extras a 100% após as duas primeiras horas (CLT: 50%), adicional noturno a 50% na Capital, 40% no interior (CLT: 20%), quinquênio (não existe na CLT), além de vários outros, cujo resumo você pode conferir clicando aqui.

 

Reajuste 2023: 4,5%
O Sindisaúde-RS obteve, nessa proposta final, reajuste de 4,5%, mas com retroatividade a novembro de 2023. O percentual que pautou as negociações durante esse ano foi a inflação acumulada da data-base abril/2023, que foi de 4,36%; portanto, o percentual de reajuste obtido foi 0,14% superior, apesar da falta de retroatividade à data-base.  O pagamento ocorrerá na próxima folha, se administrativamente viável, ou na seguinte.

 

Reajuste 2024: INPC do período pago na próxima data-base
Como forma de evitar perdas, o Sindisaúde-RS obteve a garantia do pagamento, já na próxima data-base (abril/2024), da inflação do período. Portanto, assim que o índice do INPC acumulado dos 12 meses anteriores a abril de 2024 for definido, este será automaticamente repassado à categoria. 

 

Continuidade das negociações pelas diferenças salariais dos anos anteriores
Sindisaúde-RS e Sindiberf convencionaram que, durante a vigência da CCT (até abril de 2025), continuarão discutindo as diferenças salariais que ficaram pendentes de anos anteriores.

Palavra do Sindisaúde-RS: negociações extremamente difíceis

"Para que você tenha uma ideia das dificuldades pelas quais passamos ao longo das negociações com o Sindiberf, a assembleia que construiu a pauta da categoria ocorreu em março de 2023 - ou seja, quase um ano atrás. Desde que começamos as conversas, o Sindiberf usou o debate no Judiciário sobre um direito nosso, o piso da enfermagem, para protelar as mesas de negociação", explicou o presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien.

Jesien complementa, ainda: "Mesmo com esse grau de comparação, os patrões de hospitais filantrópicos jamais cogitaram reconhecer a categoria pelas perdas da pandemia. Enquanto o Sindisaúde-RS e demais sindicatos mudaram mais de uma vez seu pedido inicial de abono, e inclusive reformularam completamente a proposta nas últimas semanas, a patronal disse apenas "não" durante todo o tempo. Devido a essa falta de reconhecimento, o Sindisaúde-RS e demais sindicatos de classe solicitaram na mediação do TRT-4, e foram atendidos pelo desembargador, que constasse formalmente a necessidade de continuar discutindo as perdas pela não retroatividade de 2023, e também de anos anteriores. Isso pode não parecer importante, mas foi através dessa reiterada postura nas negociações com o Sindihospa ao longo dos anos da pandemia que o Sindisaúde-RS obteve o abono de R$ 1000, por exemplo. Nas futuras negociações, portanto, continuaremos lutando pela garantia da reposição dessas perdas passadas".

Assembleia que apresentou a proposta foi virtual, no canal do Sindisaúde-RS no Youtube

Cota negocial: SÓCIAS (OS) NÃO PAGAM! Sindisaúde-RS esperará o repasse do INPC em abril

A categoria já havia aprovado o pagamento da cota negocial na assembleia de construção da pauta, realizada em março de 2023. Porém, o Sindisaúde-RS vai aguardar o repasse do INPC na folha de abril para divulgar o prazo de oposição à cota e efetivar a cobrança da contribuição, que é uma forma de equilibrar o financiamento do sindicato entre colegas que não querem ser sindicalizados, mas acabam usufruindo do mesmo percentual de reajuste salarial anual e dos mesmos direitos históricos que os sindicalizados. Isso porque sócias (os) do sindicato não pagam cota negocial. O Sindisaúde-RS, desde a Reforma Trabalhista, tem apenas duas fontes de financiamento: a mensalidade social e a cota negocial (quando  aprovada em assembleia).

Categoria que se indica sindicalizada nos filantrópicos. Luta é para ser 100%!