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17/02/2017 - Canoas: funcionários do Gracinha decidem entrar em estado de greve


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Comunicação Sindicato

O Sindisaúde-RS e os trabalhadores do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), o Gracinha, mantiveram a assembleia marcada para ontem (16), no auditório do hospital, e a manutenção do encontro deixou claro: as categorias não se desmobilizaram depois que a gestão quitou os salários na terça-feira (14), depois de sete dias atrasados. As denúncias de assédio moral, as férias ainda não pagas e o receio de que o atraso salarial ocorra novamente no mês que vem motivaram os funcionários a votar pela entrada em estado de greve, o qual passa a vigorar a partir de publicação de edital, que deve ocorrer na próxima semana.

Votação unânime pela entrada em estado de greve

O não pagamento das férias segue incomodando, mas o receio de atraso no próximo mês foi um temor mencionado em diversas manifestações, e foi traduzido na fala do diretor jurídico do Sindisaúde-RS, Luciano Soares: "Se eu trabalhei o mês inteiro, cumpri minhas obrigações, eu quero receber. Não me interessa a justificativa do patrão: ele tem que cumprir com as obrigações dele". O funcionário e diretor do Sindisaúde-RS, João Luiz Machado, que já havia explicado à imprensa porque os trabalhadores estavam mobilizadosrevelou que, durante a última semana, seis pessoas o procuraram por causa de assédio moral. Os demais colegas também se manifestaram: além de confirmarem a prática constante de assédio, houve quem informasse da falta de uniformes para o trabalho.

O diretor jurídico do sindicato, Luciano Soares, explicou aos presentes algumas dúvidas levantadas, como, por exemplo, a assinatura de advertências injustas. À partir da direita de Soares: o diretor de Assuntos do Interior, Júlio Duarte, que conduziu os trabalhos; o presidente do Sergs, Estevão Finger; o presidente do Sindifars, Masurquede Coimbra

O diretor de Assuntos do Interior do Sindisaúde-RS, Júlio Duarte, que conduziu os trabalhos, encaminhou ainda a formação de uma comissão de funcionários para acompanhar as entidades de classe em futuras negociações. Ao final da assembleia, os trabalhadores votaram, positivamente e de forma unânime, pela entrada em estado de greve.

 

A delegada sindical Maria Helena Alves, funcionária da higienização, também esteve presente

Comissão

Os nomes escolhidos pelas categorias do Sindisaúde-RS para compor a comissão foram: Daniela, Tatiana, Letícia, Fátima, Alessandro e Alex. Também um representante dos farmacêuticos e outro dos enfermeiros serão escolhidos nos próximos dias.

Colegas votam pela escolha dos componentes da comissão (em pé)

Estado de greve

A entrada em estado de greve não significa que os serviços irão parar de imediato. Entretanto, garante ao trabalhador, havendo justificativa para uma paralisação, que esse movimento possa ser realizado imediatamente, sem a necessidade de publicação de novo edital, e mesmo da realização de uma assembleia oficial. Basta apenas uma reunião, em que seja manifestada a vontade coletiva de cruzar os braços por algumas horas, para que o movimento aconteça, sem que nenhuma sanção legal possa ser imposta aos trabalhadores.

Presentes

Além de Duarte e Soares, compuseram a mesa os presidentes de outros dois sindicatos: do Sindifars, Masurquede Coimbra, e do Sergs, Estevão Finger. Ainda pelo Sindisaúde-RS, estiveram presentes a diretora Marly Magalhães, o diretor Paulo Vargas e a delegada sindical da instituição, Maria Helena Alves.

A diretora Marly Magalhães e os diretores Paulo Vargas (de preto) e João Luiz Machado