AGORA É GREVE!
Chega de brincar com os direitos dos trabalhadores! Hoje (12), em assembleia do Sindisaúde-RS, Sergs e Sindifars, os trabalhadores de 28 UBS, 8 farmácias e 3 UPAs de Canoas vinculadas ao Contrato 64 (entenda abaixo) definiram pela greve a partir das 8h de quarta (17). Além disso, também realizarão um ato de luta das 11h às 14h de segunda (15). "Esgotou-se a paciência da categoria. Na mediação de hoje de manhã no TRT-4, não foi trazida garantia sequer de pagamento das rescisórias, quanto mais de manutenção dos empregos. Por isso, os trabalhadores definiram pela greve", explicou o secretário-geral do sindicato, Julio Jesien.
A paralisação abrange mais de 300 trabalhadores. A categoria majoritária, representada pelo Sindisaúde-RS, são os trabalhadores de nível médio (como administrativos, vigilantes, etc) e técnico (enfermagem, odonto, farmácia...) em geral, mas também os enfermeiros e farmacêuticos irão parar.
Respeitem nossos direitos! Mais de 100 trabalhadores compareceram à assembleia de hoje e aprovaram a greve!
Assembleia começou no auditório do hospital, mas depois trabalhadores foram para a rua votar a greve
Entenda a situação
A ABC e a Associação São Miguel são, respectivamente, mantenedora e administradora do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), de 32 UBS, 8 farmácias e 3 UPAs. Porém, os contratos para gestão do hospital e das unidades de saúde, nas quais podem ocorrer as mais de 300 demissões, são diferentes - em virtude disso, o hospital não deverá ser afetado.
Já no caso das unidades de saúde, vigora o Contrato 64, sendo este o que terá fim no dia 31 de julho, e que poderá acarretar no desligamento de mais de 300 trabalhadores sem o pagamento das rescisórias, pois é de conhecimento do sindicato e dos trabalhadores que não há dinheiro em caixa para quitação dos direitos. Por isso a luta para garantir, ao menos, os direitos dos trabalhadores.
A bizarra "quarteirização" em Canoas
A Prefeitura terceirizou, já há alguns anos, a gestão do HNSG e das unidades de saúde de Canoas. A ABC assumiu a administração, mas especialmente nos últimos 2 anos a empresas se mostrou incapaz de cumprir com o encargo assumido, até finalmente, de maneira bizarra, "quarteirizar" a gestão do hospital e das unidades para a Associação São Miguel.