No segundo dia de mobilização dos trabalhadores da Saúde canoenses, a união das categorias na luta fez a diferença: pela manhã, com apenas uma hora e meia de paralisação, o Secretário de Saúde Municipal, Marcelo Bósio, comprometeu-se, frente a quase 200 trabalhadores no auditório do Hospital Universitário, a que o pagamento das obrigações devidas pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e Saúde Pública (GAMP) será efetuado no máximo até a próxima terça-feira.
Trabalhadores lotaram assembleia
A paralisação
Se o dia de ontem já havia mostrado à cidade que os trabalhadores da Saúde estão unidos, o de hoje confirmou a força das categorias. Apoiados pelo Sindisaúde-RS, que liderou as reuniões e assembleias das últimas semanas, e contando ainda com a parceria do Sergs, Sindifars e Simers, quase 400 trabalhadores aderiram à paralisação aprovada em assembleia do Sindisaúde-RS na última semana. Os servidores cruzaram os braços no Hospital Universitário (HU) e no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). Em sistema de revezamento, mantiveram um efetivo médio de pelo menos 30 funcionários parados nos piquetes, durante as 12 horas.
HPSC funcionou com restrições no atendimento
No HU, funcionários cruzaram os braços o dia todo
Trabalhadores ouviram do Secretário de Saúde que o dinheiro chegará até terça-feira
Mesmo com a notícia, os servidores não se desmobilizaram, e votaram para que a paralisação fosse realizada. Houve um racha entre os que preferiam o movimento até meio-dia apenas, e os que preferiam continuar com o horário previamente marcado, prevalecendo a vontade dos últimos. Assim, os trabalhadores do HPSC retornaram a sua base após a assembleia, e por lá permaneceram paralisados, no piquete montado pelo Sindisaúde-RS; os do HU se postaram na entrada do hospital, vestindo as camisetas do sindicato. À tarde, o presidente Arlindo Ritter esteve em reunião com a nova Secretária de Saúde do município, Rosa Groenwald, para discutir o futuro das categorias em Canoas e os problemas que têm sido enfrentados.
Funcionários paralisaram devido ao não pagamento das obrigações devidas
Julio Duarte, diretor de Assuntos do Interior, foi um dos sindicalistas que passaram o dia no HPSC. Duarte vem acompanhando a situação de Canoas desde os primeiros problemas
Trabalhadoras no HPSC
HPSC funcionou com restrições no atendimento
No HU, funcionários cruzaram os braços o dia todo
Pela manhã, o Sindisaúde-RS convocou uma assembleia no auditório do HU, que contou com a presença dos diretores do GAMP e do Secretário de Saúde. Com as cadeiras tomadas, Bósio entregou um documento oficial, no qual fez constar seu comprometimento em que as obrigações estejam quitadas até terça-feira. Bósio se baseia na liberação dos fundos provenientes de Brasília - segundo ele, ocorrida por volta das 23 horas de ontem. Assim, ainda conforme o Secretário, bastam apenas questões burocráticas entre o Banco do Brasil e a Caixa Econômica serem resolvidas para que o dinheiro entre na conta dos trabalhadores.
Trabalhadores ouviram do Secretário de Saúde que o dinheiro chegará até terça-feira
Mesmo com a notícia, os servidores não se desmobilizaram, e votaram para que a paralisação fosse realizada. Houve um racha entre os que preferiam o movimento até meio-dia apenas, e os que preferiam continuar com o horário previamente marcado, prevalecendo a vontade dos últimos. Assim, os trabalhadores do HPSC retornaram a sua base após a assembleia, e por lá permaneceram paralisados, no piquete montado pelo Sindisaúde-RS; os do HU se postaram na entrada do hospital, vestindo as camisetas do sindicato. À tarde, o presidente Arlindo Ritter esteve em reunião com a nova Secretária de Saúde do município, Rosa Groenwald, para discutir o futuro das categorias em Canoas e os problemas que têm sido enfrentados.
Funcionários paralisaram devido ao não pagamento das obrigações devidas
Reunião na próxima quinta-feira (29)
Na quinta-feira que vem, haverá uma reunião entre Sindisaúde-RS e GAMP para discutir questões pontuais. Hoje, inúmeros funcionários relataram casos de assédio moral imposto pelos gestores a quem participasse da paralisação. O sindicato pede a todos os que tenham passado por situações como essa que as relatem à comissão de trabalhadores eleita em assembleia, para que sejam encaminhadas aos diretores sindicais. Além dos relatos de assédio, ainda serão discutidas a questão das férias não pagas dentro do prazo legal, do 13º e dos vales-transporte.
Se o pagamento não se concretizar na terça-feira, a paralisação pode ser ampliada para uma greve por tempo indeterminado. Nesse caso, uma assembleia será convocada para deliberar sobre o assunto, e o Sindisaúde-RS prestará todo o apoio necessário às categorias em sua decisão soberana.
Forte presença sindical
O Sindisaúde-RS convocou praticamente todos os seus diretores para os atos em Canoas. Dividindo-se entre as duas frentes de paralisação, estiveram o presidente, Arlindo Nelson Ritter, o vice, Julio Appel, o secretário-geral, Julio Jesien, o tesoureiro-geral, Carlos Alexandre SIlveira, além dos diretores Ricardo Sarmanho, Julio Duarte, Paulo Claudio, Paulo Roberto de Souza, João Gonçalves, Paulo Vargas e Ana Paula Capra. Também o Simers se fez presente ao ato no HU com seus diretores.
O Sindisaúde-RS também agradece à Aserghc pelo apoio com o empréstimo do carro de som para os atos.
Julio Duarte, diretor de Assuntos do Interior, foi um dos sindicalistas que passaram o dia no HPSC. Duarte vem acompanhando a situação de Canoas desde os primeiros problemas
Trabalhadoras no HPSC