Mais de cem funcionários do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e Saúde Pública (GAMP) compareceram, na manhã de hoje, à assembleia convocada pelo Sindisaúde-RS, na qual dois encaminhamentos principais foram aprovados. O sindicato acionará o GAMP judicialmente pelos atrasos nos pagamentos, e também solicitará ao Ministério Público que intervenha nas casas de saúde geridas pelo grupo – dentre elas, o Hospital Universitário (HU) e o Hospital de Pronto Socorro (HPS).
Funcionários estão cansados das promessas constantemente descumpridas.
A aprovação dos encaminhamentos foi unânime, dado que os trabalhadores estão exaustos de verem promessas feitas pela gestão não serem cumpridas. A própria Prefeitura notificou o GAMP, concedendo prazo de 30 dias para que as questões trabalhistas sejam resolvidas. No momento, os trabalhadores relatam os atrasos salariais mensais, não pagamento das férias e de empréstimos consignados, falta de depósito do FGTS e de pensões.
O diretor de Assuntos do Interior, Júlio Duarte, e o secretário-geral, Julio Jesien, foram os representantes do Sindisaúde-RS no ato. Representando o Sinttargs Radiologia, esteve a primeira secretária, Karen Mendes. Após a assembleia, eles consultaram junto aos presentes todas as pendências que o GAMP ainda têm com os trabalhadores, e darão encaminhamento à resolução desses problemas conjuntamente à ação judicial e à convocação do Ministério Público.
O diretor de Assuntos do Interior, Júlio Duarte, conduziu os trabalhos. O secretário-geral do Sindisaúde-RS, Julio Jesien (de óculos) o acompanhou, bem como a comissão de trabalhadores eleita em assembleia
Abusos
Vários presentes relataram casos absurdos de descuidado com a Saúde - repetidamente, as categorias levam ao sindicato que a possibilidade de uma greve não é somente pelos salários, mas sim pelo perigo que a má gestão dos hospitais oferece à saúde dos canoenses.
Um grave exemplo dado na assembleia foi o de que técnicos e técnicas de enfermagem têm tido de trabalhar sem o uniforme corretamente higienizado. A falta é causada pela própria instituição, e não por desleixo dos técnicos, o que pode causar contaminações e infecções graves.
Fotos: Stéfano Mariotto de Moura – Assessoria de Imprensa do Sindisaúde-RS