Na tarde de ontem (12), o presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien e os diretores Julio Duarte e Arlindo Ritter se reuniram com o prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, e com o secretário de saúde da cidade, Fernando Ritter, para tratar da situação dos hospitais da cidade sob intervenção do município e que anteriormente eram administrados pela GAMP.
Foram debatidos o repasse da Prefeitura aos hospitais, férias dos funcionários, insalubridade, assédio moral, convenção coletiva e a devida reposição salarial. De parte do sindicato, foi cobrada também a falta de diálogos resolutivos para as questões trabalhistas. Além disso, o edital de chamamento para nova gestão das unidades de saúde foi outro tema das conversas, visto que os hospitais ainda se encontram sob intervenção. “Foi uma reunião proveitosa, com encaminhamentos importantes sobre as nossas pautas. Mantemo-nos atentos e na luta pelos trabalhadores de Canoas”, disse o diretor de Assuntos do Interior do Sindisaúde-RS, Julio Duarte.
Julio Jesien (esq.), Arlindo Ritter (centro) e Júlio Duarte (à dir. de Arlindo) representaram o Sindisaúde-RS na reunião com o prefeito Busato (esq.) e com o secretário de saúde Fernando Ritter
Portas abertas
O prefeito manifestou que as portas da prefeitura estão abertas para o Sindisaúde-RS ir direto a ele em reuniões futuras, que tomará as providências necessárias para solucionar os temas debatidos na reunião, além de buscar uma mediação entre os representantes dos trabalhadores e a junta de intervenção.
Relembre a situação de Canoas
Desde que o Grupo de Apoio a Saúde Preventiva (Gamp) assumiu a gestão do HU, HPS, UPA's Rio Branco e Caçapava e quatro CAPS, no final de 2016, o Sindisaúde-RS já denunciava as irregularidades cometidas nos hospitais de Canoas administrados pela empresa, Mesmo assim, no final do ano de 2018 permaneciam constantes os atrasos de salários e a falta de perspectiva para o pagamento do 13º naquele momento. Com isso, em assembleia convocada pelos sindicatos que representam os trabalhadores de Canoas, estes definiram pela greve ,iniciada no final de 2018, e já no 2º dia de greve o MP deflagrou operação que prendeu 4 membros do Gamp, logo após solicitando a suspensão do contrato do Gamp com o Município, pedido atendido pela Justiça.