Em assembleia realizada no final da tarde desta terça-feira, os funcionários da Fundação Municipal de Canoas (FMSC) compareceram em peso à sede do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade. Quase 100 pessoas rechaçaram a maioria das alterações e exclusões promovidas pela direção da fundação na proposta de Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018 (ACT), e concederam aos patrões dez dias para formulação de uma proposta mais condizente com o pedido da categoria.
Trabalhadores lotaram o auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita
O pedido de dez dias partiu da classe trabalhadora, que entendeu serem quinze dias (proposta inicial) demasiados para aguardarem uma nova proposta, pois os presentes já começaram a mobilizar-se para uma eventual greve se as negociações não forem fechadas logo, dado que as conversas com a direção já chegaram a quatro rodadas e já são cinco meses sem acordo desde a data-base (1º de maio).
Alterações rechaçadas
A principal alteração proposta pela direção foi o estabelecimento, em convenção, de um banco de horas para pagamento das horas extras. No entanto, a categoria entendeu que o acordo vigente até o momento traz melhores condições de pagamento das extras, pois possibilita o recebimento em dinheiro. Já no banco de horas, é comum, por exemplo, trabalhar um dia inteiro em final de semana, e gozar apenas um dia de folga em dia de semana.
Além do banco de horas, outras questões que haviam sido alteradas (ou até mesmo retiradas) pela direção e foram rechaçadas pela categoria foram:
- alteração do INPC para o IPCA como índice padrão;
- retirada de multas por atraso das obrigações do patrão;
- vale-transporte pago no período posterior à utilização;
- obrigação de pagamento dos exames admissionais.