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08/04/2020 - CORONAVÍRUS - Afastamento do grupo de risco e EPI para todos. Ou mortes. Essa é a escolha


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Stéfano Mariotto de Moura - Coordenador de Comunicação

O Sindisaúde-RS teve, ao longo das últimas semanas, a confirmação de cinco membros da diretoria infectados pelo coronavírus (além de vários e várias com sintomas, mas sem autorização para fazerem o exame). A contaminação foi fruto da nossa luta, com atos diários nos hospitais ao longo de quase duas semanas, para que todos e todas colegas da saúde tenham DIREITO a proteger suas vidas enquanto estão na linha de frente do enfrentamento ao coronavírus.

E direito a proteger suas próprias vidas, nessa situação, significa, NO MÍNIMO:

- Equipamentos de proteção individual (máscaras, luvas, etc), para TODOS E TODAS.

- Afastamento dos (as) colegas componentes do grupo de risco da OMS. Realocar colegas para outros locais NÃO PROTEGE VIDAS.

Sabemos das dificuldades por que todos estão passando no momento. Mas não é possível admitir que os gestores e governantes NÃO PROTEJAM QUEM ESTÁ SALVANDO NOSSAS VIDAS!

Abaixo, reproduzimos a postagem realizada em nossa página do Facebook após o falecimento de nossa colega Mara Rúbia Cáceres, da Emergência do GHC.

Que as gestões tenham consciência de que nossas vidas estão em risco!

PERDEMOS.

Perdemos nossa primeira colega na luta contra o coronavírus.

E é necessário escrever “primeira”.

Porque sabemos, todos nós, das dificuldades que foram impostas ao mundo por esta pandemia.

Mas a questão crucial é: precisamos proteger VIDAS.

Governo, sociedade e empresas têm de ter clareza.

Os profissionais de saúde em grupo de risco devem ter DIREITO a serem afastados.

Todos os profissionais de saúde devem ter DIREITO a equipamentos de proteção.

Sem essa clareza, nossa colega da Emergência do GHC será apenas a “primeira” que perderemos.

Sem essa clareza, perderemos muito mais seres humanos que amamos.

Nesta quarta, o Sindisaúde-RS espera que a gestão do Grupo Hospitalar Conceição, onde faleceu nossa colega, aceite afastar nossos e nossas colegas do grupo de risco.

E que, logo após essa medida, as demais gestões de hospitais entendam a necessidade dessa atitude.

Porque o dinheiro não pode estar acima de VIDAS.