A trabalhadora e delegada sindical do Hospital Beneficência Portuguesa, Cláudia Santos, passou por uma situação de absoluto constrangimento, que beira o absurdo, na manhã desta segunda-feira. Ela compareceu ao hospital, seu antigo local de trabalho, acompanhada de um oficial de justiça, para ser reintegrada às suas funções, após decisão judicial referendada pelo voto de três desembargadores.
Pela manhã, Cláudia (ao centro) esteve no sindicato antes de comparecer ao hospital, feliz com o dia de sua reintegração e antes de sofrer com o assédio e discriminação
O RH do hospital havia sido comunicado na sexta-feira do comparecimento de Cláudia à instituição na manhã de hoje. No entanto, a reintegração da trabalhadora não aconteceu, porque imediatamente ela recebeu uma nova carta de demissão.
Acompanhada por diretores do sindicato, Cláudia, indignada, e aconselhada por seus advogados, assinou a carta com uma ressalva, em que expunha sua não concordância com a falta de reconhecimento de sua reintegração, bem como a prática discriminatória em virtude de sua forte atuação na defesa das categorias enquanto delegada sindical.
No momento da ressalva, o representante do RH retirou o documento da mão de Cláudia, dizendo que não aceitava a afirmação. O diretor do sindicato, Ricardo Sarmanho, advertiu ao representante que a trabalhadora tinha o direito de fazer a ressalva que bem entendesse.
O sindicato procurará os devidos caminhos legais para conferir à trabalhadora seu direito.
O Sindisaúde-RS não tolerará nenhuma prática antissindical.