Quando tudo for privado, estaremos privados de tudo
Após os trabalhadores do Grupo rejeitarem a proposta de Banco de Horas da gestão, em assembleia na última quarta, outra mobilização ganhou força junto à categoria: a união contra a privatização do GHC, que estará na pauta permanentemente de novo. Isso porque é público, novamente, que estamos diante do risco de venda do Grupo: em matéria veiculada pelo jornal Folha de São Paulo, em 3 de novembro, o GHC voltou à lista das empresas públicas que estão no "Plano Nacional de Desestatização" do governo Bolsonaro. Ou seja, o plano de vender, vender e vender tudo que é público.
Entenda como o Governo voltou à carga sobre o GHC
Após ter recuado, em junho, do anúncio de início de ano de que o GHC seria privatizado, o plano do Governo agora é deixar a venda de estatais fora do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), órgão comandado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Isso porque a inserção de uma estatal no Plano Nacional de Desestatização - ou seja, a privatização de uma estatal - é determinada pelo PPI. A intenção do Governo é, portanto, retirar o GHC e dezenas de outras empresas do PPI para acelerar as privatizações.
Medidas de gestão deixam claro o perigo de privatização
O regulamento interno publicado pela direção, assim como a falta de diálogo para renovação dos acordos internos, demonstram o quanto é claro o risco de privatização do GHC. Há falta de funcionários, tentativas de precarizar ainda mais as relações de trabalho e as próprias condições do serviço e preparar demissões para, assim, facilitar a entrega da instituição para a iniciativa privada.
Audiência com Ministro Onyx Lorenzoni
A Aserghc e o SINDISAÚDE estão em tratativas para uma audiência com o ministro Onyx Lorenzoni para exigir esclarecimentos da política de privatização. Entendem que é de extrema importância o início de uma forte campanha em defesa do GHC e do SUS 100% público.
* com informações da Aserghc