Em assembleia com mais de 600 presentes, as trabalhadoras e trabalhadores do Grupo Hospitalar Conceição aprovaram, na tarde desta quarta-feira (11), a proposta de novo Acordo Coletivo para o Banco de Horas. "Já eram muitos meses de negociação dura por parte dos sindicatos, que foram intransigentes, até o limite, na defesa dos direitos. Havia um anseio por parte de alguns colegas em aprovar qualquer acordo que garantisse o Banco de Horas. Porém, muitos não percebem que banco de horas é ferramenta do patrão. Por isso, estendemos até onde foi possível a mesa e, no apagar das luzes, conseguimos incluir na negociação uma folga-prêmio e a ampliação de trocas, tanto no diurno quanto no noturno", afirmou após a assembleia a vice-presidenta do GHC, Claudete Miranda.
Avanços conquistados
Banco de Remanejo
Além dos avanços acima, o diretor-superintendente do GHC, André Cecchini, comprometeu-se em nome da diretoria a reavaliar o Banco de Remanejo para o noturno.
Mais de 600 trabalhadores (as) aprovaram o novo Acordo Interno
Mesmo com sol escaldante, pátio esteve completamente tomado
Foco da categoria agora deve estar na luta contra a privatização do GHC
Foco agora é na luta contra a privatização do GHC
Todos (as) sindicalistas destacaram, em suas falas, a importância de que a base converse e pressione a gestão que se posicione e afirme que o GHC não será vendido. Isso porque o Grupo está na lista de empresas que o Governo Federal quer privatizar, conforme matéria da Folha de São Paulo.
"Mais que tudo, todos nós temos que esquecer quem votou em quem na última eleição porque, independente de quem está no poder, os ataques a nós, classe trabalhadora, não acabam nunca. Precisamos nos unir, entender nosso lugar na luta de classes e que a única ferramenta de resistência que temos é a nossa força de trabalho", afirmou o diretor do Sindisaúde-RS, Valmor Guedes.
Valmor Guedes, diretor do Sindisaúde-RS
Campanha Salarial 2020
Outra pauta importante defendida nas falas é que em 31 de março de 2020 a Convenção Coletiva Sindisaúde-RS-Sindihospa perde sua validade. Com isso, se nova negociação não for fechada, todos os direitos históricos negociados pelo Sindisaúde-RS, como o adicional noturno a 50% (CLT apenas 20%) e as horas-extras a 100% (CLT apenas 50%), deixam de existir já em 1º de abril, consequência da Reforma Trabalhista. "Se os trabalhadores não se mobilizarem para as plenárias de construção da pauta e futuros atos que os sindicatos devem convocar a partir de janeiro, a gestão vai nos atropelar. Temos que estar conscientes e, cada vez mais, unidos", declarou o diretor do sindicato, Arlindo Ritter.
Arlindo Ritter, diretor do sindicato