Os ataques praticados pelo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., à classe trabalhadora começam a ter sua conta cobrada. Após os municipários terem declarado greve a partir do dia 05, agora são os trabalhadores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) que podem também decidir pela paralisação dos serviços, em assembleia com indicativo de greve que será realizada no dia 17 de outubro.
Categorias compareceram...
... e demonstraram unidade ao decidir por unanimidade pelo rechaço à proposta e por assembleia com indicativo de greve
Na última sexta-feira (29), os imesfianos rejeitaram por unanimidade a proposta vergonhosa encaminhada pela direção do instituto, e concederam dez dias para o envio de números e cláusulas sociais condizentes com os pedidos das categorias. Para que se tenha uma ideia, em termos financeiros, a direção não pretende conceder qualquer porcentagem de reajuste salarial. É 0% e pronto, na visão do instituto.
Dessa maneira, uma nova assembleia, com indicativo de greve, ficou agendada para o dia 10, e desde já o jurídico do Sindisaúde-RS pleiteará, junto ao Ministério Público do Trabalho, mediação entre as partes, utilizando-se do mesmo caminho que já foi usado em negociações com o Sindihospa e com o Sindiberf.
O presidente, Arlindo Ritter (esquerda) e o secretário-geral do Sindisaúde-RS, Julio Jesien (centro) compuseram a mesa ao lado de
Estêvão Finger, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, cuja categoria pode, nos próximos dias, se somar às paralisações
A advogada do Sindisaúde-RS, Raquel Paese, explicou às categorias quais serão os próximos movimentos a serem tomados
Greve dos municipários
O Sindisaúde-RS e os trabalhadores do Imesf apoiarão a luta comum das categorias, e irão participar dos atos que o Simpa e demais sindicatos promoverão nos próximos dias, como o bicicletaço do próximo sábado (08) e o domingaço de luta no Brique, dia 10, a partir das 10 horas da manhã.
Postos de saúde poderão fechar portas
Assim como os municipários, que já não atenderão nos postos a partir desta quinta-feira, lembramos que os imesfianos também são trabalhadores de postos de saúde de Porto Alegre. Com a greve declarada pelos colegas do município, a sobrecarga de trabalho que será naturalmente imposta aos colegas imesfianos resultará, sem dúvida, em prejuízo no atendimento à população usuária. Tudo isso devido aos desmandos de um prefeito que não parece ter a mínima sensibilidade para com o ser humano.
Delegadas do Sindisaúde-RS no Imesf