O prefeito Juninho só pode fingir que não está vendo os trabalhadores do IMESF. Hoje, cerca de duzentos(as) colegas deram o recado em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS): são 4 anos sem reajuste salarial, falta de material nos postos e o que o prefeito faz? Coloca a Guarda Municipal em frente a um órgão público para reprimir a manifestação de trabalhadores que já têm cerca de 15% de perda salarial nos últimos 4 anos!
Juninho não tem coragem sequer de enviar seus representantes para negociar com os trabalhadores. O negócio dele é colocar polícia!
"Para investir em propaganda, o Marchezan tem R$ 35 milhões. Mas para pagar quem cuida das nossas vidas, não tem nada. É uma vergonha! Ele está pagando para ver, pois estamos fazendo justas manifestações: segunda passada foi a primeira, hoje a segunda, semana que vem tem de novo... mas se ele não negociar, vai ter greve, como em 2018!" convocou o secretário-geral do Sindisaúde-RS, Julio Jesien, lembrando a grande greve realizada no ano passado, que resultou na incorporação da GID à remuneração mensal - antes da greve, Juninho queria cortar a GID.
Mais de duzentos trabalhadores se manifestaram pela manhã. Segunda que vem tem de novo no Posto Modelo, a partir das 18h
O ato
Desde as 8 horas os trabalhadores se concentraram em frente à SMS, entoando gritos de luta e manifestando os problemas dos seus postos de trabalho. Após, por volta das 9 e meia, eles se dirigiram para dentro do pátio da SMS, onde a Guarda Municipal estava com três homens parados em frente à porta e ainda outros na espera dentro de um veículo.
Trabalhadores estão prontos para a greve se necessária
Mesmo assim, ninguém se intimidou. Jesien negociou com os policiais para que os colegas pudessem se manifestar ali; junto a ele, os diretores Julio Appel, Carlos Alexandre, Paulo Vargas, a diretora Lúcia Schaffer e o corpo de delegados sindicais do IMESF convocaram a massa, que permaneceu cerca de meia hora no pátio, com falas ao microfone e cantos. O principal deles:
O recado foi dado.
Próximos passos
Na próxima segunda-feira (10), acontece o 3º Ato de Luta no Posto Modelo: uma miojada a partir das 18h, conforme definido pelos trabalhadores. Após, dia 18, tem assembleia com votação da greve nos postos de saúde, caso não haja proposta condizente com a pedida dos trabalhadores - 15% de reajuste, cobrindo os 4 anos de perdas. Não é sequer aumento, é apenas reposição das perdas.
Crédito das fotos: Sindisaúde-RS / Stéfano Moura