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08/05/2019 - IMESF - Pressão dos trabalhadores barra Marchezan e votação do PLC 0004 passa para segunda (13)


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Stéfano Mariotto de Moura - Coordenador de Comunicação

Só a luta garante direitos!

Numa sessão plenária com grande público nas galerias da Câmara Municipal, composto em sua maioria pelas trabalhadoras e trabalhadores do IMESF, o Sindisaúde-RS e a categoria conseguiram, na base da garganta, barrar a pauta do governo Marchezan nesta quarta-feira (08). A votação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 0004 foi transferida para a próxima segunda-feira (13), possibilitando aos imesfianos se organizarem para tomar as galerias do plenário e exercer muita pressão em nossos representantes eleitos para que votem pela classe trabalhadora, e não pelos interesses financeiros que regem o governo Marchezan!

Imesfianos (as) tomaram as galerias do plenário com bandeiras do sindicato

Vitória parcial da categoria

Na terça-feira, os trabalhadores do IMESF haviam apresentado aos vereadores que compõem a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara, a Cosmam, a pauta de reivindicações da categoria (confira mais abaixo) a ser incluída no projeto. A votação foi então marcada para esta quarta (08), mas o governo possuía maioria de votos. Com isso, se a votação do PLC 0004 acontecesse hoje, seria aprovado um projeto desidratado, que não incorporaria as demandas da categoria. 

Appel e Jesien cobraram veementemente os parlamentares; o líder do governo, Mauro Pinheiro, chegou a discutir do púlpito com os diretores

Nessa situação, o público presente nas galerias se manifestou com força, especialmente contra o parlamentar Mauro Pinheiro (REDE), líder do governo na Câmara, acusado pela categoria de ter passado a campanha eleitoral pedindo votos nos postos de saúde e agora atuar contra a classe trabalhadora.

Assim, a pressão vinda das galerias fez com que os parlamentares da oposição não possibilitassem quórum para que a votação ocorresse hoje, tendo sido transferida para segunda-feira (13).

Imesfianos compareceram em peso

Sem mobilização na segunda, não haverá avanços

A mobilização da categoria nos postos de saúde se faz extremamente necessária na próxima segunda. Na prática, se os colegas do IMESF não tomarem em peso as galerias da Câmara para pressionar os parlamentares, o governo conseguirá aprovar o projeto desidratado, sem as demandas da categoria. "Há boa possibilidade de ganharmos votos dos vereadores que hoje não temos. Para isso, temos que contar com centenas de trabalhadores aqui na segunda-feira", convocou o secretário-geral Julio Jesien, que discutiu com Mauro Pinheiro das galerias, lembrando ao parlamentar que deve votar pelos trabalhadores. Junto a Jesien, o vice-presidente Julio Appel também cobrou o vereador pelo seu passado junto aos trabalhadores da saúde.

Ao final da sessão, Jesien e Appel explicaram os próximos passos aos colegas do IMESF

Parlamentares da oposição, após segurarem a votação, foram conversar com os imesfianos

Luta unificada

Além da unidade sindical, demonstrada pelo Sindisaúde-RS, Sergs, Soergs e Sindacs unidos ao longo dessa negociação, Jesien convocou os imesfianos a terem consciência de unificar as lutas pela isonomia salarial e pela reposição das perdas que vêm desde 2016. "Em 2016, nós perdemos 0,38%. Em 2017, não foi repassado os 4,57%, e em 2018 deixou de ser repassado os 2%, todos referentes à inflação. Acumulado com os 4,67% da inflação de 2019, já são 11,62% de arrocho salarial. Por isso, a nossa luta vai além da isonomia, pois já amargamos uma grande perda acumulada desde 2016".

Crédito das fotos: Sindisaúde-RS / Stéfano Moura