Na manhã desta terça-feira (12), o Sindisaúde-RS sentou para mais uma reunião na Câmara de Vereadores na defesa dos 1,8 mil trabalhadores do IMESF. A reunião aconteceu no plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre, sob o âmbito da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam). Estavam presentes vereadores membros da Cosman (Claudia Vieira de Araujo, José Amaro Azevedo, Maria de Lourdes Sprenger e Aldacir Oliboni), representantes dos sindicatos (Sindisaúde-RS, Sergs e Simpa), da Prefeitura e a presidenta do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região, Vânia Cunha Mattos.
Vânia foi categórica ao reforçar os termos acordados na última audiência de mediação e reafirmou a posição do tribunal de apoio aos trabalhadore, bem como a percepção de que a prefeitura de Porto Alegre está agindo de forma precipitada neste caso do IMESF. "Temos que garantir o atendimento à população e o emprego desses 1,8 mil trabalhadores. Não tem trânsito em julgado ainda: não vamos admitir que se demitam quase 2 mil trabalhadores assim, precipitadamente, em uma época de tanto desemprego", disse a desembargadora Vânia.
Representantes dos trabalhadores e vereadores na tribuna
Sindisaúde-RS denuncia deslealdade da Prefeitura e PL confuso
O presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien, afirmou que a Prefeitura descumpriu por completo o cronograma elaborado no TRT-4 e, além de não apresentar as respostas solicitadas pela mesa de negociação, ainda descontou o salário dos trabalhadores que fizerem greve. Outra preocupação manifestada foi o Projeto de Lei (PL) apresentado em regime de urgência para a Câmara, que mistura artigos da CLT e do Estatuto, não parecendo seguir nenhuma lógica.
"Além de Marchezan não cumprir com o que as autoridades acordaram na mediação, ele desrespeita completamente o trabalhador e coloca em regime de urgência um projeto sem pé nem cabeça exigindo inclusive prova física. Nunca se viu isso no Brasil, é uma aberração completa, que põe por terra o trabalho de pessoas que estão há décadas executando essas tarefas", defendeu Jesien.
Jesien destacou novamente a importância de construir uma solução alternativa e denunciou o descumprimento, por parte da Prefeitura, do cronograma estipulado no TRT-4 em conjunto com os MPs
Os diretores Júlio Duarte e Arlindo Ritter também estiveram hoje na Câmara na defesa dos trabalhadores do IMESF
Mediação amanhã
Amanhã (13), às 17h, acontecerá mais uma audiência de mediação no TRT-4, onde a Prefeitura terá que responder a uma série de questões levantadas pelos Ministérios Públicos.
Trabalhadores aplaudem fala da desembargadora Vânia Cunha Mattos