E agora, Marchezan?
Mesmo contrariados, os trabalhadores do IMESF decidiram, em assembleia ontem à noite, conceder ao prefeito Marchezan o pedido que ele havia feito, ou seja, de que não fosse aprovada paralisação em troca de que se iniciem negociações com as entidades representativas dos imesfianos. Dessa maneira, permaneceremos trabalhando normalmente até a próxima quinta (31), com a condição de que a primeira reunião de negociação ACONTEÇA antes do dia 31. Isso para que o prefeito não use novamente a estratégia oportunista utilizada na semana passada.
Sem joguinho dessa vez!
Naquela ocasião, na terça (15), véspera de nossa segunda greve, Marchezan, mesmo tendo sido comunicado oficialmente da paralisação 5 dias antes do início do movimento, "anunciou" no site da Prefeitura apenas na terça a noite, véspera da paralisação, que iria receber os sindicatos APÓS a greve. Além disso, já na quarta, 1º dia de greve, ele desmarcou a conversa alegando que os sindicatos haviam mantido a paralisação mesmo com "abertura" de negociação. Oportunista, ele omitiu que, os sindicatos não podem, e isso devido a razões legais, cancelar uma greve deliberada pelos trabalhadores sem realização de nova assembleia, que iria acontecer ao final daquela mesma quarta, tivesse ele mantido a palavra.
Votação acerca de conceder o prazo teve algumas poucas abstenções
Trabalhadores agora aguardam que Marchezan cumpra com sua promessa
Assembleia já está marcada para a próxima quinta (31)
Assim, ficou deliberado que, até quinta (31), os trabalhadores aguardarão, trabalhando normalmente, que o prefeito cumpra com sua promessa de abrir negociações com as entidades representativas, nos termos descritos acima. Uma assembleia já está marcada para o dia 31 para deliberação, seja sobre greve por tempo indeterminado caso Marchezan não cumpra com a palavra, seja para avaliar a negociação iniciada.
Denúncia e reversão de punições no TRT-4
Presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesien denunciou ao desembargador Ricardo Fraga, em audiência realizada à tarde com a presença da Procuradoria do Município representando o IMESF, a prática da Prefeitura de fechar unidades para jogar a culpa nos grevistas. "O IMESF não tem que fechar unidades onde tem gente para trabalhar apenas para colocar a culpa nos trabalhadores do Instituto que estão na luta. Basta remanejar gente de postos onde há mais equipes, e isso é responsabilidade de gestão", afirmou.
Além disso, ficou registrado em ata que o IMESF terá de rever punições realizadas a grevistas ao longo das últimas semanas.
Mediação no Tribunal se estendeu das 14h30min até próximo das 18h
Crédito das fotos: Stéfano Moura