A Diretoria de Assuntos de Gênero, Raça e Diversidade Sexual abriu as portas do sindicato nesta quinta (16) para o primeiro encontro sobre inclusão de pautas LGBTQIAP+ dentro das empresas de saúde. O sindicato vê o tema como de extrema urgência, dando esse primeiro passo para efetivar a inserção de pautas nas negociações coletivas.A iniciativa ainda não teve toda a participação necessária de colegas dos hospitais e casas de saúde. Mas a diretoria do sindicato acredita que, com o tempo, mais colegas vão aparecer.

A próxima reunião já está marcada para o dia 24 de abril, às 19h, na sede do Sindisaúde - RS. Te organiza, convida mais colegas e vem fazer parte dessa luta!

Primeiro encontro já tem compromisso

O grupo de trabalhadores da base que compareceu à sede do sindicato esteve em conversa com seis diretoras (es). Foram discutidas as dificuldades enfrentadas no dia a dia, que vão desde a aceitação no ambiente de trabalho sobre o nome social até mesmo as dificuldades com uso de banheiros para colegas trans.

“Construímos um lugar de escuta onde foi possível levantar algumas pautas que exigem medidas urgentes para colegas se sentirem bem no ambiente de trabalho. Foi um início muito produtivo e agora vamos trabalhar para ampliar a participação nos próximos encontros”, avaliou a diretora da pasta, Maria Catarina.

Para avançar nessa luta, o Sindisaúde - RS vai fortalecer as iniciativas de educação de colegas sobre o tema bem como buscar os caminhos para incentivar a participação da população LGBTQIAP+ no sindicato. 

Em 2017, sindicato garantiu direito para casais homoafetivos

O Sindisaúde-RS reconhece que não só o sindicato, mas o movimento sindical como um todo ainda engatinha em atender as pautas da comunidade LGBTQIAP+. Ainda assim, é importante lembrar que já há alguns anos o sindicato começou a prestar atenção na pauta e, efetivamente, conquistou, em 2017, a extensão do auxílio-creche para filhas (os) de casais homoafetivos de todos os hospitais e casas de saúde da base do Sindihospa.

LGBTQIAP+ na luta pela vida e por direitos

Levantamento divulgado, em janeiro, pelo Grupo Gay da Bahia (GGB)* mostra que o Brasil continua a liderar o ranking dos países que mais matam e violentam LGBTQIAP+. Ou seja, a luta em defesa da vida segue sendo uma bandeira prioritária. 

No entanto, a luta contra o preconceito também é por reconhecimento e garantia de direitos às pessoas LGBTQIAP+ tal como acontece com as pessoas cis e heterossexuais. Entre essas lutas está, por exemplo, direitos iguais para cônjuges de relacionamentos homoafetivos, como a garantia de convênios de saúde e outros direitos. O presidente do Sindisaúde - RS, Júlio Jesien, garante que o sindicato já assumiu o compromisso de incluir essas pautas na próxima Convenção Coletiva de Trabalho 

Próximo encontro

24 de abril, às 19h, na sede do Sindisaúde- RS