A violência, infelizmente, tem se tornado companheira dos trabalhadores do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Em fevereiro, uma paciente já havia sido baleada em meio aos corredores do décimo andar da instituição. Agora, no último sábado, um vigilante da empresa terceirizada responsável pelo serviço de segurança teve sua arma roubada por marginais que adentraram pela entrada da Rua São Manoel, mostrando a ineficácia da terceirização para a segurança e deixando em estado de alerta os trabalhadores e usuários da instituição.
Entrada da rua São Manoel. Foto: Léo Saballa Jr.
A sociedade precisa abrir os olhos: terceirização significa precarizar o serviço prestado! Esta não é a primeira vez em que ocorreu o roubo de armamentos da terceirizada: a sala de armas do hospital (um contêiner!) já havia sido roubada em outra ocasião.
"O Sindisaúde-RS repudia veementemente a terceirização do serviço de segurança. Quando o serviço era prestado apenas por vigilantes orgânicos, nunca estes episódios haviam ocorrido!", comentou o vice-presidente do sindicato, Julio Appel. Mesmo assim, a política da instituição de terceirizar o setor vem se intensificando: hoje, temos algo em torno de 90 trabalhadores orgânicos e 62 terceirizados.
Desterceirizar e contratar de imediato os candidatos aprovados nos últimos três concursos é a saída para que possamos voltar a trabalhar com a tranquilidade necessária para quem cuida de vidas humanas.
A violência aumenta no Rio Grande do Sul a passos largos. Se não estivermos preparados para enfrentar este risco, logo os trabalhadores da saúde terão, em lugar de aventais e jalecos, coletes a prova de bala como uniformes!