Com dados do Governo do RS (clique para link original) e do Nexo Jornalismo, baseado em pesquisa de Daniel Duque, do Núcleo de Estudos Raciais do Insper (clique para link original)
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Novembro azul e negro
O mês de novembro é marcado pela campanha mundial contra o câncer de próstata, mas é também conhecido por ser um mês de lembrança à saúde da população masculina de forma geral. Além disso, novembro também é o mês global da luta antirracista.
Por isso, o Sindisaúde-RS traz alguns dados para conscientização social. Para que você reflita um pouco, homem de qualquer raça, se vale a pena arriscar sua família sem a sua presença por preconceito em fazer qualquer tipo de exame de saúde necessário. E para que todo mundo, homem mulher preto branco, possa lembrar-se sempre da enorme desigualdade social que o racismo provoca.
Homens morrem mais cedo. E não são poucos!
A taxa de mortalidade prematura – entre 30 e 69 anos – de homens gaúchos por agravos não transmissíveis (diabetes mellitus, neoplasias, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas) é 42% maior do que a da população feminina.
E não é à toa: homens tem medinho de fazer exame
E isso tem um motivo: no Rio Grande do Sul, dados levantados até setembro de 2023 sobre a Atenção Primária demonstram que somente 35% dos atendimentos realizados são para homens (no Brasil, o número é de 33%).
Gráfico elaborado por SIMMS
E se entra o racismo no meio, fica ainda pior
Racismo é crime e ainda fortalece a desigualdade. É o seguinte: desde 2012, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga dados trimestrais com um balanço de ocupação e renda no mercado de trabalho.
Ao longo da década, brancos (as) sempre tiveram uma renda média salarial mais elevada do que negras (os). E não é pouco: em 2022, brancos (as) ganharam, em média, 87,6% a mais do que negros (as).
Além disso, se inserir investimentos financeiros na comparação, aí a coisa explode: a diferença entre brancos e negros vai a 277% nessa métrica específica. Confere os detalhamentos nos gráficos abaixo.
Pela vida, pelo povo preto e contra a desigualdade!